Foram 80 minutos muito desequilibrados para um quinze que foge à despromoção e outro que luta para ser campeão nacional que se defrontaram, com ensaios de e X pontos de Pedro Cabral (acertou X dos 18 pontapés de conversão que tentou) a fecharem o marcador.

Após o jogo João Malta, jogador-treinador do Montemor reconheceu que "não estava à espera de um CDUL tão forte" e que esse facto "viu-se no resultado", tendo o CDUL imposto desde cedo velocidade e força, sendo "um justo vencedor". A "rodagem" dos jogadores internacionais do visitado e as lesões de alguns jogadores dos mouflons, "entre eles o João Moreira, ex-internacional Sub-19 e o Filipe Vaz" fizeram com as diferenças entre os plantéis se sentissem mais.

O Montemor, nesta recta final da fase regular da Divisão de Honra vai, segundo o seu técnico, procurar "fazer um bom jogo" contra o Direito e "tentar ganhar ao CRAV", mantendo assim vivo o sonho da manutenção.

Do outro lado Damian Steele, treinador do CDUL, estava feliz com a forma como a equipa jogou, mantendo a sua estrutura e plano de jogo durante os 80 minutos. Embora consciente de que "os jogadores das selecções nacionais acrescentam uma dimensão nova" ao jogo do CDUL, a sua equipa sabia que se marcassem cedo ao Montemor este poderia ceder e mostrar fragilidades que já tinham sido vistas contra outros adversários.

Uma palavra ainda do treinador azul para reconhecer que os jogadores mais novos "têm sido muito importantes e evoluído muito, temos todos treinado juntos, jogamos da mesma maneira, tornando mais fácil a transição entre escalões", e para "sem desrespeito para ninguém", avisar que o CDUL enfrentará com igual determinação os outros cinco clubes que forem ao play-off, desde um Direito "habituado a jogar em finais", a uma "forte e dura" Agronomia, passando pelo Técnico, "que merece estar onde está agora, no topo da tabela" e pelo Belenenses "que num dia sim, consegue dar luta a qualquer equipa".