A Confederação Europeia de Râguebi de 13 (ERL) tornou-se na primeira organização desportiva a ter a certificação de integridade da SIGA (Sport Integrity Global Aliance), tendo recebido a avaliação de ‘prata’, anunciou o organismo liderado por Emanuel Medeiros.
“Este momento é um privilégio e uma honra para mim. É um momento de mudança no paradigma da indústria desportiva. A ERL é um exemplo. É um exemplo do nosso objetivo de reforma para um desporto limpo. É uma mudança do paradigma entre falar e fazer”, afirmou o diretor executivo da SIGA, Emanuel Medeiros, numa conferência de imprensa virtual a partir de Londres.
Durante praticamente um ano, a ERL submeteu-se ao Sistema de Integridade Desportiva Classificação e Verificação Independente da Governança (SIRVS), um processo de avaliação que abrange a promoção de boa governação e boas práticas, transparência e ética, integridade desportiva e financeira, fair-play, respeito pelos direitos humanos e rejeição de qualquer tipo de discriminação.
“É um processo que passa por vários níveis e feito por equipas independentes. No final é feito um relatório que é entregue e avaliado pela SIGA, levando depois ao certificado. Esse certificado tem duração de três anos e todos os anos haverá uma monitorização dessa organização para garantir que o nível de transparência e boas praticas sem mantém”, explicou Medeiros.
O dirigente máximo da SIGA acrescentou ainda que o custo do SIRVS para cada organismo varia entre cinco a 10 mil libras (entre seis mil a 11 mil euros), dependendo da sua dimensão, valores que diz serem “completamente acessíveis”.
“Não há desculpas de nenhum organismo a partir de hoje para não passar por este processo. O desafio está feito. Serão contra a integridade no desporto? Espero que não. Apanharíamos um avião sem saber que todas as partes do avião estão certificadas? Nenhum de nós faria isso. Por isso, o desporto não deve ser exceção”, frisou.
Na mesma conferência de imprensa virtual, o diretor executivo da ERL explicou que, a breve prazo, muitos dos patrocinadores vão querem estar associados a organizações desportivas que tenham um certificado SIRVS.
“Estamos comprovados como um organismo seguro e transparente. Não chegámos ao ouro porque temos mandatos ilimitados na nossa direção. Aprendemos que temos de mudar isso e já na próxima reunião vamos propor uma alteração para um máximo de nove anos, com mandatos de três em três anos”, disse David Butler.
A SIGA é uma organização que tem como objetivo lutar no desporto contra a corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal, suborno, fraude nas apostas desportivas e combinação de resultados e defender práticas de transparência, ética, integridade desportiva e financeira, e fair-play.
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