Cerca de 7.000 estudantes protagonizaram hoje um gigante ‘haka’ (cântico maori) num parque perto de Wellington, com o objetivo de reconquistar para a Nova Zelândia um recorde mundial que perdeu para França em 2014.

Aquele ritual dos insulares do Pacífico Sul foi executado sob o olhar de responsáveis mandatados pelo Livro do Guinness, o livro de recordes mundiais.

O recorde mundial do maior ‘haka’ pertence a França, onde foi protagonizado, em setembro de 2014, no estádio de Amedee-Domenech, por 4.028 adetos de râguebi.

O recorde anterior tinha sido estabelecido em 2008 na Nova Zelândia, que juntara 3.264 participantes.

O número de estudantes que participaram do ‘haka’ de hoje ainda deve ser oficialmente anunciado, mas Peter Debney, um dos juízes, não tem dúvida de que será um novo recorde mundial será alcançado.

“Do meu ponto de vista, o recorde foi batido”, disse à agência de notícias AFP.

O diretor do colégio de Masterton, Russell Thompson, cujos alunos demoraram um ano a preparar a iniciativa, explicou que recuperar o recorde mundial do ‘haka’ é uma questão de orgulho nacional.

Os estudantes não fizeram, porém, o famoso “Ka Mate” (“É a morte”), a versão do ‘haka’ popularizada pela seleção neozelandesa de râguebi “All Blacks”.

Segundo Thompson, optaram por usar uma outra versão – “Ko Wairarapa” – escrita por uma figura local maori.

“É uma marca de identidade, uma forma de dizer às pessoas de onde vimos”, sublinhou o mesmo responsável.

O ‘haka’ – literalmente “dança” – tem a sua origem nos conflitos tribais dos povos da Oceânia, tendo sido, à época, um meio de assustar o adversário.