O novo selecionador português de râguebi, Patrice Lagisquet, mostrou-se hoje confiante no objetivo de "qualificar Portugal para o Campeonato do Mundo de 2023", que se disputará em França.
O técnico francês foi oficialmente apresentado na sede da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) e garantiu que "se não acreditasse que a qualificação é possível nem sequer estaria em Lisboa", apesar de ter apenas quatro anos para trabalhar a equipa até essa competição.
"Preciso apenas de dois anos, talvez menos, para potenciar ao máximo as qualidades dos jogadores portugueses", prometeu o antigo técnico adjunto da seleção francesa (2012-2015), dando como exemplo o trabalho que desenvolveu no Biarritz, que passou de 16.º classificado do campeonato francês em 1998 para campeão nacional em 2001/02 sob a sua ‘batuta'.
Lagisquet admitiu, no entanto, que os resultados "não vão ser imediatos" e pediu alguma paciência para os seus primeiros dois anos aos comandos dos ‘lobos', que gostam de "jogar rápido" e de "procurar espaços", características nas quais o técnico se revê.
"A primeira preocupação é sermos competitivos no Torneio das Seis Nações B, o que acredito ser possível se conseguirmos contar com alguns profissionais no ‘pack' avançado, pois vi muito talento no recente jogo de Portugal contra a Alemanha", sublinhou o treinador campeão de França em 2002, 2005 e 2006.
Para isso, o técnico espera também "ajudar a FPR a profissionalizar alguns jogadores" que se sagraram campeões da Europa de sub-20 nos últimos três anos e confia no seu projeto para convencer tanto os jogadores de Portugal como os profissionais lusodescendentes dos campeonatos franceses e manter um grupo de trabalho estável.
"A primeira pergunta que tenho de lhes fazer é se querem ou não ser jogadores da seleção portuguesa e depois encontrar soluções para que possam estar presentes. Se perceberem o projeto e que podem ir ao Mundial, acredito que se vão envolver", asseverou Lagisquet.
Juntamente com o novo selecionador, foram também apresentados o preparador físico Olivier Rieg e o treinador de avançados Hervé Durquéty, mas a novidade na equipa técnica foi a presença de David Penalva, antigo jogador profissional luso-francês que fez parte da seleção portuguesa na histórica campanha no Mundial de 2007.
"É uma honra voltar à seleção onde tive a oportunidade de jogar durante dez anos e trabalhar com o Patrice Lagisquet e o Olivier Rieg, que foram os meus primeiros treinadores enquanto profissional. Espero transmitir a minha experiência às novas gerações do râguebi português", referiu Penalva.
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