O internacional português de râguebi Raffaele Storti assumiu hoje o objetivo de qualificação para o Mundial de França2023, mas lembrou que “o caminho é longo” e que a seleção tem de “melhorar para alcançar” essa meta.

“A nossa esperança e objetivo é assegurar a qualificação direta para o Campeonato do Mundo”, disse o ponta da seleção, em declarações ao site da Rugby Europe.

Portugal inicia, no domingo, a participação no Europe Championship 2022, que corresponde à segunda volta do apuramento para o Mundial, e o 'lobo' não tem dúvidas de que “seria uma conquista fantástica” para o râguebi português voltar a estar em França, 16 anos após a primeira e única participação da seleção, em 2007.

“Para consegui-lo temos de nos focar no nosso jogo e encarar o Championship passo a passo. Temos de jogar com confiança, sem perder de vista o nosso objetivo. Sabemos que o caminho ainda é longo, mas temos de manter o foco no treino e em melhorar o nosso jogo para alcançá-lo”, apontou o ex-jogador do Técnico, atualmente no Stade Français.

Portugal terminou o Europe Championship 2021, primeira volta da qualificação para o Mundial, em terceiro lugar, com 14 pontos, os mesmos que a Roménia, segunda classificada, e mais dois do que a Espanha, que foi quarta.

Os dois primeiros classificados no agregado de dois anos qualificam-se diretamente para o Mundial, enquanto o terceiro terá de disputar um torneio de repescagem, em novembro.

Porém, a primeira vaga deve ser assegurada pela Geórgia, vencedora de nove das últimas 10 edições do Championship, que venceu todos os encontros do ano passado, somando 24 pontos, e inicia a defesa do título no domingo, frente a Portugal, em Tbilisi.

“Vai ser um jogo muito difícil, mas temos trabalhado no duro para este desafio. Se entrarmos com a mentalidade certa e corrigirmos alguns dos erros que cometemos nos jogos anteriores contra este adversário, podemos ter uma palavra a dizer e talvez consigamos uma surpresa”, comentou Storti.

O ponta dos ‘lobos’ admitiu ainda que Portugal iniciou a qualificação “com o pé errado”, ao perder em casa frente a Geórgia e Roménia, mas considerou que “de uma forma geral, podemos olhar para 2021 como uma campanha positiva”.

“Na verdade, terminar com três vitórias consecutivas deu-nos uma injeção de confiança e sabíamos que sem essas vitórias seria muito difícil ainda estarmos na luta pelo apuramento”, concluiu.