O médio de abertura Dan Carter indicou hoje à campeã Nova Zelândia o caminho para a final do Campeonato do Mundo de râguebi, ao marcar 10 pontos na sofrida vitória sobre a África do Sul, por 20-18.

A Nova Zelândia marcou dois ensaios frente a uma aguerrida seleção sul-africana, que ficou em branco nesse capítulo, mas manteve o triunfo dos ‘all blacks’ em suspenso até ao fim do primeiro jogo das meias-finais da competição, disputado em Twickenham, casa-mãe do râguebi inglês.

A seleção neozelandesa, que perdia ao intervalo por 12-7, fica à espera do embate de domingo entre a Austrália, campeã em 1991 e 1999, e a Argentina para conhecer o adversário na final do próximo sábado, na qual procura tornar-se a primeira tricampeã mundial, depois dos títulos conquistados em 1987 e 2011.

Os ‘springboks’ entraram praticamente a ganhar, graças a uma das cinco penalidades concretizadas pelo médio de abertura Handré Pollard – que até obteve mais pontos do que Carter, num total de 15 -, logo aos três minutos, mas os ‘all blacks’ responderam de imediato.

O poderoso Julian Savea, autor de oito ensaios neste Mundial – mais do que qualquer outro jogador – ficou hoje em ‘branco’, mas Jerome Kaino não demorou muito a colocar a sua seleção no comando do marcador, ao concretizar aos seis minutos o primeiro ensaio do jogo, transformado por Carter.

A detentora do troféu não só não obteve mais qualquer ponto até ao intervalo como permitiu a reação dos sul-africanos, que, de penalidade em penalidade, aos 11, 21 e 39 minutos, sempre por intermédio de Pollard, voltaram a recolocar-se na frente do marcador.

No início da segunda parte, Carter deu o mote da reação neozelandesa com um pontapé de ressalto aos 46 minutos, mas foi o ensaio de Beauden Barrett – transformado pelo seu médio de abertura - que lançou definitivamente os campeões rumo à segunda final consecutiva.

Não foi sem algum espanto que os 80.090 espetadores presentes em Twickenham viram a África do Sul reduzir através de uma penalidade concretizada por Patrick Lambie e ameaçar o triunfo daquela que procura afirmar-se como a melhor equipa de râguebi de sempre.

A África do Sul despede-se da prova com a satisfação de ter sido a única seleção que conseguiu ‘bater o pé’ à poderosa Nova Zelândia, que hoje conquistou o 13.º triunfo consecutivo no Mundial e nos últimos quatro anos perdeu apenas três dos 52 encontros que disputou.