A seleção portuguesa de râguebi venceu hoje nos Países Baixos por 61-28 e isolou-se no segundo lugar na corrida ao Mundial2023, graças ao ponto de bónus ofensivo conquistado numa tarde ‘endiabrada’ de Rafaelle Storti, que assinou cinco ensaios.
Portugal soma agora 10 pontos na corrida ao Mundial de 2023, mais um do que a Roménia, quando aos ‘lobos’ falta apenas a deslocação à Rússia, no sábado, e aos romenos resta receber os Países Baixos, em novembro, num torneio em que a Geórgia já é virtual vencedora.
No desafio de hoje, em Amesterdão, o selecionador Patrice Lagisquet ficou satisfeito com a qualidade e velocidade do jogo à mão português, mas terá tirado notas de algumas desatenções defensivas que valeram ao adversário quatro ensaios e que, contra rivais de outro gabarito, podem custar bastante mais caro.
Talvez, também, fruto de uma vantagem que foi quase sempre muito confortável durante todo o jogo, uma vez que aos 13 minutos a seleção já vencia por 21-0, com ensaios de Mike Tadjer (07) e Rafelle Storti (11 e 13).
Rodrigo Marta (43) fez o quarto ensaio, que voltava a colocar os ‘lobos’ na bonificação, apesar do primeiro dos quatro toques de meta dos holandeses (38).
Marta (51 e 68) viria a chegar ao ‘hat-trick’ de ensaios, mas a tarde era de Rafaelle Storti, que com mais três toques de meta no segundo tempo (61, 78, 80) completou a ‘manita’ e foi decisivo para o triunfo português.
Com exceção do ensaio de Tadjer, após ‘maul’ dinâmico, todos os ensaios resultaram da velocidade e qualidade do jogo à mão português, pelo qual Samuel Marques, que transformou oito dos nove ensaios enquanto esteve em campo, foi um dos principais responsáveis.
No geral, o desempenho dos ‘lobos’ foi positivo e abre boas perspetivas para terminar a primeira volta do apuramento para o Mundial de França2023 em posição de apuramento, no segundo lugar, o que garante se voltar a somar bonificação ofensiva na difícil deslocação à Rússia.
A qualificação para o Mundial resultará do agregado de resultados do Europe Championship de 2021 e 2022.
Os dois primeiros classificados apuram-se diretamente, enquanto o terceiro terá de disputar um torneio de repescagem mundial, com seleções de outros continentes, que apura apenas uma equipa.
Ficha de jogo
Países Baixos - Portugal, 28-61.
Ao intervalo: 7-28.
Sob arbitragem do galês Aled Evand, as equipas alinharam:
- Países Baixos: Hugo Langelaan, Ross Bennie-Coulson, Andrew Darlington, Koen Bloemen, Christopher van Leeuwen, Dirk Danen, Niels van de Vem, David Koelman, Amir Rademaker, Mees van Oord, Jordy Hop, David Weersma, Limmen, Bart Wierenga e Te Campbell.
Jogaram ainda: Michael Mbaud, Robin Moenen, Lodi Buijs, Mark Wokke, Marjin Huis, Blake Nightingale, Hugo Schöller e Robbin Schut.
Ensaios (4): Bart Wierenga (38), Te Campbell (55, 80+4) e Jordy Hop (66).
Conversões (4): David Weeresma (39, 56, 67 e 80+5).
Treinador: Zane Gardiner.
- Portugal: Francisco Fernandes, Mike Tadjer, Anthony Alves, José Madeira, Jean Sousa, João Granate, Rafael Simões, Thibault de Freitas, Samuel Marques, Jerónimo Portela, Rodrigo Marta, Tomás Appleton, José Lima, Rafaelle Storti e Nuno Sousa Guedes
Jogaram ainda: David Costa, Duarte Diniz, Diogo Hasse Ferreira, José Rebelo de Andrade, Manuel Picão, Pedro Lucas, Manuel Cardoso Pinto e Pedro Bettencourt.
Ensaios (9): Mike Tadjer (07), Rafaelle Storti (11, 13, 61, 78, 80) e Rodrigo Marta (43, 51, 68).
Conversões (8): Samuel Marques (08, 12, 13, 44, 52, 62, 68, 79).
Treinador: Patrice Lagisquet
Ação disciplinar: nada a registar.
Assistência: cerca de 2.000 espetadores.
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