Os ‘engenheiros’ saíram derrotados em 1971, em Madrid, e em 1998, nas Olaias, mas o assistente de Kane Hency afirmou hoje, em conferência de imprensa de antevisão da partida de domingo, frente aos espanhóis do VRAC, que esse dado “não aumenta” a pressão sobre a equipa.

“[A pressão] não. A motivação e o desejo de ganhar, sim. Porque este grupo gosta destes desafios, gostamos de conquistar as coisas a pulso. Quando, se calhar, toda a gente desacredita um bocadinho do grupo, isso é uma motivação extra para nós”, atirou o antigo internacional português.

O VRAC, vencedor das últimas quatro edições da Taça Ibérica, segue, este ano, em nono lugar no campeonato espanhol, um lugar ao qual “não está acostumado”, mas João Uva recusou, no entanto, encarar esse desempenho como um “indicador de insucesso”.

Lembrou que, por esse motivo, os espanhóis “estão feridos no seu orgulho” e que encaram a Taça Ibérica como “uma oportunidade para retomar a época e recuperar o orgulho”, um pouco como o próprio Técnico, que este ano tem “corrido atrás” e segue no quarto lugar da Divisão de Honra portuguesa.

A época tem sido de altos e baixos para o clube das Olaias, mas a eventual conquista do troféu, frente ao conjunto de Valladolid, “seria um incremento de força muito bem-vindo nesta fase de decisões da temporada”, quando se aproxima o ‘play-off’ de discussão do título.

“No final de janeiro acabámos por ter lesões, bastantes castigos e isso, num plantel curto, acabou por afetar a dinâmica do grupo. Mas conseguimos passar a tempestade e das fraquezas e dificuldades fizemos forças. Hoje o grupo está mais unido, estamos mais otimistas, confiantes e com uma vontade enorme de conquistar este título”, frisou João Uva.

Junto ao treinador adjunto, o terceira linha Tomaz Suarez reconheceu que os rivais de domingo “são muito difíceis”, mas frisou que os ‘engenheiros’ estão “preparados e à espera” de um desafio que “vai unir ainda mais o grupo”.

“Este ano temos um plantel pequeno e muito jovem, mas onde são todos amigos. Conhecem bem a importância desta taça, estão muito motivados e comprometidos. Ver estes miúdos com esta atitude e a preparar este jogo tão importante desta forma, queremos aproveitar essa energia e dar o melhor espetáculo possível no domingo”, comentou o argentino.

O Técnico defronta o VRAC no domingo, às 16:00, no Campo das Olaias, na final da 42.ª Taça Ibérica de râguebi, que se disputa anualmente entre os campeões de Portugal e Espanha.

É a terceira vez que os ‘engenheiros’ discutem o troféu, depois de terminarem em terceiro lugar em 1971, ano em que o título era discutido por duas equipas de cada país, e de terem perdido, nas Olaias, em 1998, frente ao El Salvador.

O VRAC, vencedor das últimas quatro edições da Taça Ibérica, é o recordista de títulos, com cinco troféus, a par do El Salvador. Seguem-se, no historial, o Benfica, o Direito e os espanhóis do Santboiana, todos com quatro títulos.