A Liga Mundial de Surf (WSL) cancelou hoje a primeira etapa do circuito mundial, na Austrália, que conta com o português Frederico Morais, e todos os eventos em março, devido “à evolução rápida” da pandemia do Covid-19.
Esta decisão é baseada em orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que declarou que a Covid-19 é agora uma pandemia global, bem como governos e autoridades locais de saúde pública onde os eventos estão agendados para decorrer.
“O novo coronavírus [Covid-19] está a ter enormes consequências para eventos desportivos e reuniões de todos os tipos em todo o mundo, e nós não somos diferentes”, disse em comunicado o presidente-executivo da WSL, Erik Logan.
Dos 13 eventos que integram o calendário da WSL para o período em causa, três foram cancelados e 10 foram adiados para datas a designar, entre os quais as etapas portuguesas do Caparica Surf Fest Pro, de 30 de março a 04 de abril, e do Longboard Pro Espinho, de 28 de março a 05 de abril.
“Não tomamos esta decisão de ânimo leve, pois sabemos que tem um impacto significativo na comunidade mundial do surf. No entanto, a saúde e a segurança dos nossos atletas, adeptos e funcionários são fundamentais”, refere Erik Logan.
Do ponto de vista da responsabilidade social, Logan alerta para o papel que os eventos podem desempenhar na aceleração da propagação do vírus e afirma que a WSL está em contacto próximo com os atletas e sente que “esta é a coisa certa a fazer”.
“A natureza fluida dessa situação está a forçar-nos a avaliar as coisas dia a dia e até hora a hora. À medida que isto continuar a evoluir, continuaremos também nós a adaptar e a tentar tomar as decisões todos os dias", disse Erik Logan.
Com base nas informações disponíveis neste momento, a WSL, que implementou um protocolo de segurança para as provas que se encontram a decorrer, não está a cancelar nenhum evento adicional além desse período (mês de março).
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
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