O surfista português Frederico Morais prometeu hoje voltar mais forte, depois de ter sido despromovido do circuito mundial, reconhecendo que o desfecho não espelha o seu empenho.
“Escolhi ser atleta e um atleta vive do treino, do esforço, de sair da zona de conforto e é aí que me sinto em casa. Estas cinco etapas não são o espelho daquilo que trabalho e me dedico todos os dias, mas, como em tudo, há altos e baixos”, escreveu o surfista natural de Cascais, na sua página oficial no Instagram.
Frederico Morais terminou as primeiras cinco etapas do circuito principal entre os 27.ºs classificados, abaixo dos 22 primeiros que vão disputar a segunda metade da temporada.
O português não foi além do 17.º lugar no Margaret River Pro, igualando os resultados obtidos no Billabong Pro Pipeline e no Hurley Pro Sunset Beach, ambos no Havai, e no Rip Curl Bells Beach, também na Austrália. A exceção foi o Meo Pro Portugal, em Peniche, onde terminou no nono posto.
'Kikas', que tinha alcançado em 2021 o melhor resultado de sempre de um português, com o 10.º lugar, no seu regresso à elite, depois de ter vencido o circuito de qualificação (WQS) em 2019. Antes, tinha sido 14.º na estreia, em 2017, e 23.º em 2018, quando foi despromovido pela primeira vez.
A 'luta' pela presença no circuito mundial de 2023 passa agora pelo 'Challenger Series', que atribui 12 vagas masculinas e seis femininas e vai ter início na Austrália, com o Boost Mobile Gold Coast Pro, entre sábado e 15 de maio, quando deverão também entrar na ‘corrida’ os compatriotas Vasco Ribeiro, Teresa Bonvalot, Francisca Veselko, Mafalda Lopes e Yolanda Sequeira.
“Vou voltar, mais forte, mais concentrado, mais competitivo e acima de tudo mais feliz, porque esta foi a vida que escolhi e isto é o que me faz acordar! Obrigado a todos vocês que perdem um bocado do vosso dia a torcer, a mandar uma mensagem de força e acreditem que faz a diferença saber que desse lado também acreditam”, concluiu.
Além de Frederico Morais, foram excluídos os australianos Morgan Cibilic, Ryan Callinan, Owen Wright, os havaianos Ezekiel Lau e Imaikalani deVault, o norte-americano Conner Coffin, os brasileiros João Chianca e Deivid Silva, o italiano Leonardo Fioravanti e o peruano Lucca Mesinas.
Os primeiros 22 colocados asseguraram a presença no circuito de 2023 e vão disputar nas próximas cinco etapas a presença na final de 2022, marcada para Lower Trestles, nos Estados Unidos, entre 08 e 16 de setembro, reservada para os cinco primeiros.
Entre estes contam-se Kelly Slater, 11 vezes campeão do mundo, Ítalo Ferreira, campeão olímpico, e Filipe Toledo, líder do ‘ranking’, assim como o detentor do título Gabriel Medina, com um ‘wild card’ depois de ter falhado as primeiras provas do ano devido a depressão.
No setor feminino, Stephanie Gilmore, Carissa Moore e Tyler Wright, que desde 2007 dividem os títulos mundiais, com sete, cinco e dois, respetivamente, também estão entre as 10 candidatas à final, desta vez sem a concorrência da australiana Sally Fitzgibbons, três vezes vice-campeã do mundo e quatro vezes terceira classificada.
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