O surfista brasileiro Marcelo Luna lançou hoje a autobiografia “Uma onda gigante” no Forte de São Miguel Arcanjo, na Nazaré, numa obra “inspiracional” que retrata o percurso desde a infância até às ondas gigantes da Praia do Norte.
“O livro contempla toda a minha jornada, desde a minha infância até chegar a esta vila. A forma como a nação portuguesa e o povo nazareno me acolheram, e o que tem sido a minha vida no Brasil, mas também em Portugal”, explicou à agência Lusa o brasileiro que, em 2022, fez história ao assinar um contrato profissional com o Corinthians.
A obra, de 134 páginas e da editora brasileira Folha de Relva, é, segundo diz, uma analogia ao seu caminho, sendo também uma publicação “inspiracional” para as gerações futuras e em que parte da receita da venda, a realizar-se no Farol da Nazaré, vai reverter a favor da manutenção do museu do surf que ali se localiza.
“Assim como faço em toda a minha vida, quero retribuir aquilo que esta vila [Nazaré] e este país me deram”, acrescentou o desportista, de 37 anos, que recentemente lançou o seu novo equipamento em homenagem a Ayrton Senna, piloto brasileiro de Fórmula 1 que perdeu a vida em 01 de maio de 1994, num despiste fatal no Grande Prémio de San Marino, em Ímola.
Marcelo Luna, refira-se, é natural de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, onde viveu uma adolescência conturbada a nível familiar e que o levou ao mundo da droga.
“Felizmente”, como afirma o próprio, conseguiu inverter o rumo da sua vida e “conheceu” o surf, modalidade por que se apaixonara aos 16 anos e que se revelaria “decisiva”.
Desde então, foi no surf que depositou as suas esperanças, tendo trabalhado em diferentes setores de atividades com um único objetivo: viver da modalidade.
Foi, aliás, esse o motivo que levou o ‘big rider’ a mudar-se para a Nazaré, em 2015, onde reside desde então.
Distinguido por três anos consecutivos (2017, 2018 e 2019) nos prémios Big Wave Awards, da World Surf League, por ondas surfadas na Praia do Norte, Marcelo Luna espera que o seu trajeto seja um “testemunho interessante” para as futuras gerações e “não só no surf”, tema que, de resto, está em grande foco em toda a obra.
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