O campeão mundial de surf pode vir a ser apurado na Nazaré, onde no domingo começa o período de espera do Big Wave Tour, com os melhores surfistas do mundo já concentrados na vila à espera de “grandes e boas” ondas.

“Só espero que este ano venham grandes e boas (ondas) e que todos cheguem terminem a prova sãos e salvos”, afirmou hoje António Silva, durante a apresentação da uma etapa do Big Wave Tour, o circuito mundial de ondas gigantes, que pelo segundo ano se realiza na Nazaré.

Depois de em 2016, a competir pela primeira vez, ter conseguido um sexto Lugar na competição, o português alinhou hoje o seu discurso com o de alguns dos melhores surfistas mundiais que já se encontram na vila a preparar-se para a prova, cujo período de espera vai decorrer entre domingo e 31 de dezembro.

Entre eles Jared Houston, vencedor da edição 2016, que hoje assumiu na Nazaré a vontade de “superar os seus limites” e voltar a obter uma boa classificação na praia que celebrizou as ondas gigantes da Nazaré, depois de em 2011, Garrett McNamara ali ter surfado a maior onda do mundo.

A partir de domingo, 24 surfistas de vários países do mundo vão aguardar que o mar forme ondas de grande dimensão para permitir a realização da prova em que “a natureza é que manda”, e que pode “revelar o próximo campeão do Mundo”, disse à Lusa Francisco Spínola, responsável pela World Surf League (WSL).

A etapa da Nazaré acontecerá sensivelmente na mesma altura das outras duas provas mais importantes do circuito, uma em Mavericks (Califórnia, Estados Unidos) e outra no Havai, sendo possível que “o campeão se decida aqui”.

Porém, a principal expetativa da organização e dos surfistas prende-se, “mais do que com os resultados, com a vontade de que todos cheguem a casa são salvos”, depois de enfrentarem das maiores ondas do mundo.

“O wave tour funciona quase como uma família”, lembrou Francisco Spínola no final da conferência de imprensa, em que participou também o surfista brasileiro Carlos Burle, atleta que, apesar de não entrar na competição, escolheu a Nazaré para se “despedir dos eventos de ondas grandes”.

Entre os competidores favoritos na disputa da prova estarão o vencedor do Nazaré Challenge do ano passado, o australiano Jamie Mitchell, mas também o norte-americano Kay Lenny ou o britânico Tom Lowe.

Mas, “terão que se haver com os locais, que passam cá mais tempo e treinam mais nestas ondas”, como acontece com António Silva, João Macedo ou Alex Botelho, referiu Francisco Spínola.

Independentemente do treino e das vantagens que cada uma possa ter, reforça o responsável pela WSL, “a natureza manda sempre mais” e ganhará aquele que “tiver a sorte de a maior onda ir ter com ele”.

O Nazaré Challenge, realizado em dezembro de 2016 na Praia do Norte, gerou um retorno promocional de 7,2 milhões de euros, segundo os dados divulgados pela World Surf League, coorganizadora do evento.

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