A surfista Teresa Bonvalot lamentou hoje que o seu melhor ano de sempre tenha sido insuficiente para assegurar uma vaga no circuito mundial de surf, depois de ter terminado a qualificação empatada com a australiana Sophie McCulloch.
Cinco dias depois de ter conquistado o terceiro lugar em Haleiwa, no Havai, na sétima e última prova da Challenger Series, cujas cinco primeiras avançam para o circuito principal, a olímpica portuguesa recorreu às redes sociais para prometer tentar mais uma vez, "de novo e de novo e de novo”.
“Foi o melhor ano da minha vida na vertente competitiva, ganhei uma prova da Challenger Series, fiquei em terceiro lugar no Brasil, consegui dois nonos lugares e fui para a última prova, no Havai, onde ainda fiz uma maldita final, terminando em terceiro lugar. Ainda não foi o suficiente”, começou por escrever Bonvalot.
Este cenário – não conseguir melhor do que o terceiro lugar e a australiana vencer – era o único, na final, que impedia Bonvalot de se tornar a primeira portuguesa a chegar à elite mundial e foi o que acabou por acontecer.
“Termino com os mesmos pontos e os mesmos resultados exatos da rapariga que ficou com a última vaga. Sou supercompetitiva e é isso que me dá força para continuar lutando pelo que quero e acredito. E é isso que vou continuar fazendo, de novo e de novo e de novo”, escreveu a surfista natural de Cascais.
Aos 23 anos, depois de ter sido nona nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, terminou a época no sexto lugar da Challenger Series, com os mesmos 25.490 pontos de Sophie McCulloch, que venceu no desempate com a portuguesa, juntando-se à havaina Bettylou Sakura Johnson, às compatriotas Macy Callaghan e Molly Picklum e à norte-americana Caitlin Simmers, igualmente promovidas.
Bonvalot soma seis triunfos internacionais, entre os quais se destaca a vitória no GWM Sydney Surf Pro, na Austrália, da segunda etapa da Challenger Series de 2022, além das cinco conquistas no circuito de qualificação, duas no Estrella Galicia Caparica Surf Fest, em 2021 e 2022, uma no Azores Airlines Pro, em 2021, e outras no Seat Pro Netanya, em Israel, e no Patin Classic Galícia Pro, em Espanha, também este ano.
A detentora do título nacional, que conquistou o cetro pela quarta vez depois das vitórias em 2014, 2015 e 2020, foi a portuguesa mais bem classificada no circuito de qualificação, à frente de Yolanda Hopkins, quinta em Tóquio2020, que terminou no 27.º posto (9.240), Francisca Veselko, 33.ª (7.420) e Mafalda Lopes, 36.ª (7.000).
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