Marcos Freitas apresenta-se nos II Jogos Europeus de Minsk com a ambição de pódio individual no ténis de mesa, mas a sua responsabilidade é maior na prova de equipas, na qual defende o título.
“Ganhámos em Baku2015, temos o título e vamos fazer tudo para defendê-lo. Não é fácil, pois somos os oitavos ou nonos cabeças de série, o que demonstra que há muitas equipas fortes, que evoluíram muito nestes últimos anos. É pensar jogo a jogo”, disse o atleta.
Marcos Freitas foi campeão no Azerbaijão, juntamente com Tiago Apolónia e João Geraldo, que, na Bielorrússia, é substituído por João Monteiro, com melhor ranking.
“Sabemos que temos nível e experiência para conseguir uma medalha, mas neste momento não estamos a pensar nisso. Queremos ir jogo a jogo, ganhar confiança, descansar também e dar o nosso melhor”, completou.
O trio inicia a competição de grupo em 27 de junho, com o ouro a valer um lugar em Tóquio2020, contudo no sábado já se estreia na competição de singulares, em que o trio de pódio garante uma presença nos Jogos do Japão.
“A prova individual é igual. Sou um cabeça de série alto. É focar-nos num jogo de cada vez…”, reforçou o quarto atleta do ranking europeu, enquanto Tiago Apolónia é sétimo e João Monteiro 20.º.
Para este evento, os lusos treinaram “forte” durante 10 dias no centro de alto rendimento de Vila Nova de Gaia.
“Não jogamos de olhos fechados, mas somos uma equipa com idades muito semelhantes. Já jogamos juntos desde 2007. Conhecemo-nos bem e temos confiança uns nos outros, mas isso não é tudo, pois há formações muito boas. O importante é começar bem”, assegurou.
O madeirense recordou que o caminho para Tóquio2020 é duro: se a equipa não se qualificar em Minsk, terá nova oportunidade em janeiro, no Porto, seguindo-se outro torneio individual, antes de contar a posição no ranking.
Hoje, às 18:00, hora de Lisboa, Marcos Freitas será o porta-estandarte de Portugal na cerimónia de abertura, no renovado estádio do Dínamo de Minsk.
“Já participei em três Jogos Olímpicos e nos Jogos Europeus em Baku e nunca tive a ocasião de estar nas cerimónias, seja de abertura ou de encerramento. Habitualmente, os jogos eram muito em cima e queria estar concentrado. Logo que me fizeram o convite, aceitei! É uma oportunidade única, mas espero que não seja a única vez. Tem um significado especial poder levar a bandeira e liderar a comitiva portuguesa”, concluiu.
Nestes II Jogos Europeus, Portugal vai competir com um total de 98 desportistas em atletismo, badminton, futebol de praia, canoagem, ciclismo (estrada, contrarrelógio e pista), ginástica (artística, trampolins, aeróbica e acrobática), judo, karaté, lutas amadoras, tiro, tiro com arco, tiro com armas de caça e ténis de mesa.
A Lusa viajou a convite do Comité Olímpico de Portugal.
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