A seleção portuguesa masculina de ténis de mesa, que domingo inicia a participação no Mundial de Halmstad, na Suécia, apontou hoje como objetivo passar a fase de grupos para poder “lutar pelo sonho das medalhas”.

Em conferência de imprensa, após o último treino em solo português, a equipa constituída por Diogo Carvalho, João Geraldo, João Monteiro, Marcos Freitas e Tiago Apolónia admitiu que a China é "a grande candidata" ao ouro, mas avançou que quer ultrapassar os quartos de final e fazer melhor do que os quintos lugares obtidos nas últimas edições do Mundial por equipas.

“Tudo pode acontecer. O objetivo primeiro é a fase de grupos. O grupo não é fácil”, disse o treinador Kong Guoping, ao lado do também técnico Francisco Santos, segundo o qual foi esta geração que fez acreditar os admiradores da modalidade que “é possível ir longe”.

Francisco Santos avança que o trabalho dos jogadores faz acreditar que “é possível um resultado histórico para Portugal”, admitindo, porém, que o “percurso é longo” e que alguns jogos podem decidir-se em “pequenos detalhes".

“A China está num patamar um pouco acima das outras equipas. Mas, no nosso grupo, as outras cinco equipas são todas muito equilibradas. O Brasil é a melhor equipa da América Latina, a Rússia tem uma seleção com muita experiência, sobre a Coreia do Norte o ‘ranking’ não reflete o real valor (dos jogadores), devido à não participação em provas da Federação Internacional, e a República Checa é muito homogénea”, descreveu.

Já o ‘capitão’ da equipa, João Monteiro, admitiu que os primeiros dias de competição podem ser "definidores do futuro, porque os três primeiros jogos não são contra a China”, e mostrou-se confiante.

“Vencer os jogos de entrada, pode ser decisivo para passarmos o grupo. É muito importante entrar bem no jogo com a Coreia do Norte, sendo difícil analisar os seus jogadores, pelas poucas provas em que participam, mas são atletas de topo”, referiu.

Por seu lado, Tiago Apolónia vê como um dos pontos fortes de Portugal o facto de os jogadores se darem muito bem e se conhecerem todos “há muitos anos”, o que pode ser determinante, num “grupo extremamente competitivo e equilibrado".

“Vamos pensar jogo a jogo, sendo que o objetivo é ficar nos três primeiros e passar à fase seguinte, para lutar pelo nosso sonho, que é uma medalha. Nas últimas edições, perdemos nos quartos de final. Queremos mais e melhor”, referiu.

A seleção masculina, número oito do 'ranking' mundial, ficou integrada no agrupamento de China (número 2), Brasil (10), Rússia (15), República Checa (18) e Coreia do Norte (25).

O Mundial por equipas realiza-se de domingo a 06 de maio, em Halmstad, na Suécia.