O tenista espanhol Carlos Alcaraz prepara-se para defender, a partir de segunda-feira até 10 setembro, o título do Open dos Estados Unidos e a liderança do ‘ranking’ mundial perante o sérvio Novak Djokovic, de regresso a Nova Iorque.

Depois de ter falhado a edição de 2022 por não ser vacinado contra a Covid-19, tal como sucedeu esta temporada nos Masters 1.000 de Miami e Indian Wells, o tenista de Belgrado vai jogar, este ano, pela 17.ª vez o ‘major’ norte-americano, que venceu três vezes em nove finais disputadas.

Djokovic detém, aos 36 anos, 95 títulos, 23 dos quais conquistados em torneios do Grand Slam e, em Flushing Meadows, vai procurar igualar os 24 troféus de Margaret Court, numa época em que regista 38 encontros ganhos e apenas cinco perdidos. Um dos quais precisamente frente a Carlos Alcaraz na final de Wimbledon, penúltimo ‘major’ da temporada.

Além de ser um dos mais fortes candidatos a vencer a 143.ª edição do Open dos Estados Unidos, que este ano distribui cerca de 60 milhões de euros em prémios monetários, Novak Djokovic vai lutar ainda com o jovem tenista de Múrcia, de 20 anos, para tentar recuperar o comando do ranking ATP, bastando-lhe para tal vencer um encontro.

Já Alcaraz terá de defender o título para manter o estatuto de número um mundial diante de um adversário com quem está empatado no confronto direto (2-2), após a recente derrota sofrida na final do Masters 1.000 de Cincinnati, naquele que foi o seu 12.º torneio esta temporada.

Ainda assim, o jovem espanhol chega a Nova Iorque, onde há um ano se estreou a vencer no Grand Slam, com 53 encontros ganhos e seis perdidos - o melhor registo no circuito este ano -, além dos seis títulos alcançados em Buenos Aires (250), Indian Wells (1.000), Barcelona (500), Madrid (1.000), Queen’s (500) e Wimbledon, num total de oito finais jogadas (ATP 500 do Rio de Janeiro e Masters 1.000 de Cincinnati).

Tal como Djokovic, que ganhou este ano os torneios de Adelaide (250), Open da Austrália, Roland Garros e Cincinnati, Carlos Alcaraz vai jogar em Flushing Meadows já apurado para as Finais ATP, reservada aos oito melhores jogadores da temporada.

A boa forma e a rivalidade entre o experiente sérvio e o jovem espanhol dominam as atenções em vésperas do início do quarto torneio do Grand Slam, mas há a considerar ainda o russo Daniil Medvedev, terceiro cabeça de série, campeão em 2021 e finalista em 2019, que já ganhou cinco torneios este ano, em Roterdão (500), Doha (250), Dubai (500), Miami (1.000) e Roma (1.000), em seis finais jogadas.

Assim como o moscovita, de 27 anos, o italiano Jannik Sinner (6.º ATP) é um dos favoritos às rondas finais, numa época em que venceu dois títulos (Masters 1.000 de Toronto e ATP 250 de Montpellier) em quatro finais e vai jogar o seu 17.º torneio do Grand Slam, depois de há um ano ter perdido no Open dos Estados Unidos em cinco ‘sets’ para Carlos Alcaraz.

Igualmente de volta a Flushing Meadows e também à boa forma está o alemão Alexander Zverev, que regressou aos courts em janeiro, após a grave lesão contraída na meia-final de Roland Garros do ano passado frente a Rafael Nadal. Esta época, já conquistou o 20.º troféu da carreira em Hamburgo e voltou a jogar as meias-finais do ‘major’ francês, perdendo para o norueguês Casper Ruud.

Finalista em 2020, derrotado pelo austríaco Dominic Thiem, depois de ter liderado por dois sets a zero, Zverev junta-se aos nomes fortes do torneio, que terá em Taylor Fritz (9.º ATP) e Frances Tiafoe (10.º ATP) os favoritos norte-americanos.

Na competição feminina, à semelhança de Alcaraz, a polaca Iga Swiatek vai tentar revalidar o título do Open dos Estados Unidos e garantir a manutenção na liderança no ranking WTA, que pode ser ‘assaltada’, pelo terceiro ‘major’ consecutivo, pela bielorrussa Aryna Sabalenka. Para tal, basta à número dois mundial igualar o desempenho de Swiatek em Nova Iorque.

Apesar da vantagem em títulos alcançados esta época, em Doha, Estugarda, Roland Garros e Varsóvia, face aos três de Sabalenka (Adelaide, Open da Austrália e Madrid), a jovem de 22 anos precisa de levar a melhor na final, caso encontre a rival, para conquistar o quarto torneio do Grand Slam e sair de Nova Iorque como número um mundial.

Destaque ainda para a norte-americana Jéssica Pegula, terceira cabeça de série e quarto finalista em 2022, a cazaque Elena Rybakina, número quatro mundial, a tunisina e vice-campeã Ons Jabeur (5.ª WTA) e também para a anfitriã Coco Gauff, campeã em Cincinnati há uma semana, que alimentam expectativas de fazerem boas exibições no USTA Billie Jean King National Tennis Center, onde decorre o Open dos Estados Unidos desde 1978.