O tenista espanhol Nicolas Almagro considerou hoje que o título conquistado no Estoril Open no ano passado foi um ponto de inflexão no seu percurso, mostrando-se satisfeito por começar com um encontro “duro” frente ao francês Benoît Paire.
“O ano passado tive uma semana fantástica aqui no Estoril. Vir cá traz-me boas recordações. Foi um ponto de viragem, depois de muitos anos sem ganhar um título. Este ano venho com a tranquilidade de saber que estou no caminho correto, estou a fazer as coisas bem”, assumiu o 57.º jogador mundial.
Há um ano, Almagro interrompeu uma ‘seca’ de quatro anos sem títulos no Clube de Ténis do Estoril e hoje, em conferência de imprensa, revelou estar ansioso por voltar a pisar o pó de tijolo do Estádio Millennium, no encontro da primeira ronda, que o vai opor a Benoît Paire, oitavo pré-designado e semifinalista o ano passado.
“O Benoît é um jogador muito talentoso. Sabe cortar bem os ritmos. Tenho de estar atento, 100 por cento concentrado. Estou desejoso de jogar. É bom começar com um encontro tão duro para saber como estou e que possibilidades tenho de lutar pelo título”, sublinhou.
O espanhol, de 31 anos, desvalorizou o facto de não ser apontado como favorito, defendendo que essa é sempre uma decisão dos meios de comunicação social, e confessou que, desde que foi pai, as suas prioridades mudaram.
“Tudo muda. O caráter competitivo é difícil de mudar, mas com a minha idade, a carreira que tenho, a minha prioridade é o meu filho. Para mim, foi o maior êxito da minha vida. Praticamente tudo passa a um segundo plano e, neste momento, a minha prioridade é ele”, asseverou.
Embora o pequeno Nico ainda não possa estar nas bancadas a apoiá-lo, Almagro quer que o filho tenha orgulho naquilo que atingiu no ténis.
“A minha vida desportiva é algo que nem me atrevi a sonhar. Nunca pensei que pudesse ter tanto sucesso”, disse o murciano, que tem 13 títulos e dez finais no currículo.
O campeão do Estoril Open falou ainda da manhã diferente que passou, na visita à exposição “Ténis em Cascais: Da primeira partida à internacionalização”, que está patente na Casa Sommer (Cascais) e reúne peças provenientes das coleções do jornalista Norberto Santos, do Museu Nacional do Desporto, da Federação Portuguesa de Ténis, do Millennium Estoril Open e do Arquivo Histórico Municipal de Cascais.
“É algo diferente, que não costumamos fazer muitas vezes. É interessante, porque há um trabalho muito grande por trás. Foi uma experiência bonita e enriquecedora, porque aprendi coisas sobre a história da nossa modalidade”, concluiu.
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