Caroline Wozniacki deixou a carreira aos 30 anos, depois de ter sido diagnosticada com artrite reumatoide. A antiga número 1 do Mundo contou ao jornal 'Marca' como a doença mudou a sua vida e influenciou os últimos anos da sua carreira.

"Passei a ser uma nova Caroline. Um dia queres levantar-te da cama e não podes, não consegues mexer-te. És uma das melhores tenistas do mundo, reconhecida pela tua capacidade atlética e não te mexes. Foi um choque nem os braços conseguir mexer", lembrou a dinamarquesa.

Nos últimos anos, Wozniacki tem-se dedicado à divulgação da doença, através de entrevistas, participação em conferências e nas redes sociais.

"Encontrei um bom reumatologista e agora vivo uma vida normal, dentro do possível. Às vezes a doença dá-me luta, mas em outras ocasiões sou eu quem vence. Sou feliz a ajudar as pessoas, para que se conheça exatamente o que é a artrite reumatoide. Demorei muito a encontrar um diagnóstico para o meu problema, por isso decidi que ia ajudar no que fosse necessário porque isto pode afetar qualquer pessoa, seja jovem ou de mais idade", comentou.

Os últimos anos da carreira foram difíceis. A dinamarquesa, vencedora do Open da Austrália em 2018 e de 30 torneios WTA, contou ao diário espanhol que teve de gerir a doença enquanto atleta de alta competição, escolhendo os torneios em que podia participar.

"Não podia jogar muitos torneios, tinha de ouvir o meu corpo. Às vezes levantava-me e não me sentia bem. A solução era descansar durante esse dia. No final aprendi a lidar com isto. […] Não vi o problema como um handicap. Ganhei o título em Pequim e joguei muito bem no Masters. Tem de se aprender a viver com isto. Como tenista tens de estar sempre ao mais alto nível e às vezes isso não é possível. Encarei a situação como uma forma de me superar", lembrou.