O chefe da delegação de Santiago no campeonato cabo-verdiano de ténis, que decorreu de 3 a 5 de janeiro, na Ribeira Grande, fez um balanço positivo da participação da sua delegação que conseguiu quatro dos seis títulos em disputa.

Lãn, chefe da delegação de Santiago, disse aos jornalistas que os seus atletas cumpriram os objectivos propostos e considera que a derrota na final "não foi uma falha" e não compromete esses objetivos, porque o tenista finalista vencido, Éder de Jesus, apenas foi ultrapassado por um adversário superior.

"Sinceramente, o Samuel espantou-me com o nível do seu ténis" disse Lãn, reconhecendo que Samuel Lopes superou Éder de Jesus, "que manteve o seu nível de jogo", mas não conseguiu ultrapassar o agora hexacampeão cabo-verdiano de ténis.

A delegação de Santiago foi a vencedora da maior parte dos títulos em disputa, tendo arrecadado os títulos de campeão dos escalões sub-14, sub-16, sub-18 e seniores femininos.

Augusto Reis, chefe da delegação do Sal, deu os parabéns ao renovado campeão nacional que, conforme disse, "está muito forte e venceu merecidamente", mas considerou que, embora não tire o brilho ao que foi feito, a ausência da representação da ilha de São Vicente condicionou a realização do campeonato.

O representante de Santo Antão, António Miranda, também "sentiu" a ausência de São Vicente e pediu aos responsáveis do ténis a nível nacional que "parem de fazer politiquice no ténis em Cabo Verde", porque, conforme disse, "o ténis é desporto e não se deve 'bloquear' um campeonato nacional por causa de divergências entre associações e Federação".

António Miranda, vice-presidente da Associação da Ribeira Grande, mas que se define como "apenas um ativista", disse que "todos vemos que é preciso mudar a Federação urgentemente, mas não podemos prejudicar os nossos atletas", sobretudo, adianta Miranda, os dos escalões de formação.

Apenas duas mulheres, Nadine Pina (Santiago) e Sara Nascimento (Santo Antão), participaram no campeonato deste ano, devido à ausência da delegação da ilha de São Vicente e só tiveram de fazer um único jogo para que fosse conhecida a campeã nacional.

Sem explicação ficam, até ao momento, as razões para a inexistência de competições femininas nos escalões sub-12, sub-14, sub-16, sub-18.