A fase final da Fed Cup, que se deveria disputar entre os dias 14 e 19 de abril, em Budapeste, foi adiada sem uma data definida, devido ao surto de Covid-19, anunciou hoje a Federação Internacional de Ténis (ITF).
Através de um comunicado, a ITF justifica a decisão, que também abrange os ‘play-offs’ da principal competição de seleções femininas do ténis, com “a propagação e o impacto global do Covid-19 desde o início de fevereiro de 2020” nos países europeus, sublinhando que esteve em “contacto permanente com os consultores médicos e de viagens independentes, bem como com as autoridades internacionais e nacionais”.
A ITF adianta ainda que “está comprometida em realizar as finais da Fed Cup ainda em 2020” e esclarece estar em contacto “com principais partes interessadas”, como o governo húngaro, a Associação Húngara de Ténis (HTA) e a Associação Feminina de Ténis (WTA) para encontrar uma data alternativa e adequada para o torneio, que devia disputar-se na Laszlo Papp Sport Arena, em Budapeste.
Os ‘play-offs’ da Fed Cup, agendados para 17 e 18 de abril em oito locais do Mundo, também foram adiados e as datas alternativas em 2020 serão anunciadas posteriormente.
Uma vez que o Fed Cup é uma prova de qualificação olímpica, o organismo garante estar a trabalhar juntamente com o Comité Olímpico Internacional (COI) para lidar com qualquer impacto que possa existir na elegibilidade dos atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020.
O presidente da ITF, David Haggerty, mostrou-se “extremamente dececionado com a decisão”, mas frisou que “não vai arriscar a segurança e o bem-estar dos jogadores, funcionários do evento e espetadores”.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.
O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 10.000 infetados e pelo menos 631 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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