Um novo caso positivo do novo coronavírus num voo fretado pelo Open da Austrália fez que mais 25 tenistas, entre os quais o português Frederico Silva, entrassem em confinamento em Melbourne, anunciou a organização do torneio.

Depois de três casos em dois voos anunciados no sábado, o caso de hoje, num avião proveniente de Doha, aumentou para 72 o número de tenistas em quarentena, sem poderem sair dos seus quartos nem para treinar.

“Vinha nesse voo me que houve um positivo. Soubemos há cerca de uma hora e depois houve uma vídeochamada para nos informar dos procedimentos. Vamos ter ficar em quarentena os 14 dias. Até agora é essa a informação que temos”, disse Frederico Silva, ao site especializado Bola Amarela.

O presidente da federação australiana de ténis, Craig Tiley, já tinha garantido que o Open da Austrália se vai realizar nas datas previstas, apesar do número elevado de tenistas confinados, devido à covid-19.

"Todos sabíamos que havia um risco significativo com esta pandemia. Mas o Open da Austrália vai decorrer como planeado e vamos continuar a dar o nosso melhor para arranjar uma solução aceitável para esses jogadores", referiu Tiley.

O 'patrão' do Open da Austrália adiantou que estão a tentar arranjar forma de colocar material de treino no quarto dos tenistas afetados, mas admite que estes estarão mal preparados para os torneios de preparação, que vão começar em 31 de janeiro, em Melbourne.

"Não estão descartados [de participar]. É evidente que neste estado não poderão preparar-se no court. Mas vamos tentar superar isso, vamos falar com os jogadores para ver o que podemos fazer", assumiu.

Frederico Silva referiu que "vão tentar criar uma bolha dentro da bolha" para permitir aos tenistas treinar.

"Embora não estejam muito confiantes que isso venha a ser possível, a organização vai tentar fazer isso para que possamos treinar antes do final do mês", referiu, ao Bola Amarela.

Todos os jogadores que viajaram para participar no Open da Austrália estão obrigados a fazer quarentena, embora possam treinar, sob supervisão, durante um máximo de cinco horas.