O torneio de Roland Garros, segundo ‘Grand Slam’ da temporada, vai jogar-se entre 20 de setembro e 04 de outubro, anunciou hoje a organização, justificando o adiamento com as medidas do Governo francês para combater a pandemia de Covid-19.
“De modo a preservar a saúde e a segurança de todos os envolvidos na organização do torneio, a Federação Francesa de Ténis decidiu que a edição de 2020 de Roland Garros decorrerá entre 20 de setembro e 04 de outubro”, pode ler-se num comunicado publicado no sítio oficial do ‘major’ francês na Internet.
O único ‘Grand Slam’ em terra batida estava agendado para o período de 25 de maio a 07 de junho, mas, segundo a nota, “as medidas de confinamento” anunciadas na segunda-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, tornam “impossível” que os preparativos para erguer o torneio continuem e, consequentemente, que se realize nas datas originalmente previstas.
“Para assegurar a proteção da saúde dos nossos funcionários e fornecedores durante o período de organização do torneio, a Federação Francesa de Ténis (FFT) escolheu a única opção que permitirá manter a edição de 2020, ao mesmo tempo que nos unimos à luta contra a Covid-19”, justifica a entidade federativa, responsável pela organização do torneio.
A nota ressalva ainda que a decisão de adiar o segundo ‘Grand Slam’ da época foi tomada tendo em conta “a comunidade e os tenistas profissionais, cuja temporada de 2020 já está comprometida, assim como todos os fãs do ténis e de Roland Garros”.
“Tomámos uma decisão difícil e, ainda assim, corajosa, face a uma situação sem precedentes”, justificou o presidente da FTT, citado na nota.
A França está atualmente e, pelo menos, durante os próximos 15 dias, com uma quarentena reforçada, em quem as saídas de casa não justificadas são alvo de sanção, segundo anunciou Macron na segunda-feira à noite.
Foram, até agora, detetados no país 6.633 casos da Covid-19, entre os quais se registaram 148 mortes.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
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