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O espanhol está na final pela nona vez, a quinta consecutiva.
Rafael Nadal ficou esta sexta-feira mais próximo de marcar ainda mais a história do ténis, ao atingir a final de Roland Garros pela nona vez, após infligir pesada derrota a Andy Murray para marcar encontro com Novak Djokovic.
Em caso de sucesso no domingo, frente ao número dois mundial, o espanhol, de 28 anos, conquistará o seu nono título na terra batida parisiense, baterá o recorde de maior número de troféus conquistados no mesmo torneio do Grand Slam e tornar-se-á no primeiro homem a erguer em Paris o troféu cinco vezes seguidas.
Diante de um Murray apático e sem força para contrariar a explosividade e os “winners” de “Rafa”, o número um mundial somou a sua 34.ª vitória consecutiva em Roland Garros, onde perdeu apenas um encontro em 66, mais precisamente em 2009 com o sueco Robin Söderling, um resultado que figura também como a sua única derrota no formato cinco “sets” em 89 encontros em terra batida.
Impressionante, Nadal precisou de apenas uma hora e 30 minutos para impor uma pesada derrota, por 6-3, 6-2 e 6-1, a Murray, um dos adversários que lhe colocou mais dificuldades nos últimos anos.
“Hoje, joguei o meu melhor ténis desde o início do torneio. Quando era criança, sonhava simplesmente com jogar em Roland Garros. Uma nona final aqui, na 10.ª participação, é incrível”, assumiu o maiorquino, que terminou a caminhada do campeão de Wimbledon precisamente no mesmo patamar em que o fez em 2011.
Com a vitória de hoje “Rafa” fez a vontade aos adeptos do ténis, que esperavam ver uma reedição da final de 2012, domingo, entre os dois melhores jogadores mundiais.
De acordo com as estatísticas, Djokovic, que derrotou Ernests Gulbis, por 6-3, 6-3, 3-6 e 6-3, seria mais favorito, atendendo à derrota imposta ao maiorquino na terra batida de Roma, tal como nos últimos quatro duelos, mas no complexo do Bois de Boulogne ninguém é tão forte como Nadal.
“Ele é um adversário inacreditável. É sempre um grande desafio e tenho de jogar o meu melhor”, disse o número um mundial, antevendo o 42.º frente a frente entre os dois.
Se o sérvio ganhar no domingo tornar-se-á no oitavo homem na história do ténis a completar o Grand Slam de carreira, ou seja, a juntar o título de Roland Garros aos que já conquistou no Open da Austrália (2008, 2011, 2012, 2013), Wimbledon (2011) e Open dos Estados Unidos (2011).
“Estou sempre motivado para jogar bem em Roland Garros. Preciso de levar o meu corpo ao máximo, uma vez que é difícil prever o que vai acontecer”, admitiu “Djoko”, já depois de sobreviver a um susto pregado por Gulbis, a sensação do torneio e número 18 mundial.
O derrotado assumiu que acusou a pressão de jogar um momento decisivo de um torneio de Grand Slam, tendo-se sentido “extra nervoso e extra tenso”.
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