Depois de três dias de bancadas muito despidas, o 25.º Portugal Open em ténis beneficiou hoje do efeito “1 de maio” para registar uma enchente que, na prática, representa a quarta maior afluência de público na história do torneio.

O efeito feriado começou a sentir-se logo pela manhã, com o acesso aos “courts” a fazer-se por longas filas, que se prolongavam desde o parque de estacionamento até às entradas no recinto, também ele cheio de gente.

Mas foi no “Centralito”, “court” por excelência dos destinos portugueses, que a presença das 7.308 pessoas que possuíam bilhete para o quarto dia de competição oficial do maior torneio de ténis nacional mais se fez notar.

Às 13:00 em ponto já ninguém entrava no primeiro “court” secundário do complexo do Jamor, com a lotação para ver Gastão Elias a apurar-se para os quartos de final mais do que esgotada.

Com 3.000 lugares sentados, a assistência do encontro entre o número dois português e o espanhol Guillermo Garcia-Lopez, quarto pré-designado, ultrapassava largamente a lotação oficial, com pessoas em pé e sentadas na relva que envolve o “court”.

A expetativa de ver os dois primeiros cabeças de série, Tomas Berdych e Milos Raonic, arrastou ao Jamor muitos curiosos, que fizeram fila, de telemóvel em punho, para ver passar os seus ídolos – da presença de Stanislas Wawrinka, o número três mundial, ninguém se apercebeu, já que o campeão do ano passado ficou-se pelos bastidores.

As intermináveis filas para entrar no “Centralito” voltaram a repetir-se ao final da tarde, quando, meia hora antes do início do encontro de pares que opõe a dupla portuguesa constituída por Elias e João Sousa e o espanhol Guillermo Garcia-Lopez e o austríaco Philipp Oswald, no “Centralito” já não cabia nem uma mosca.

Esta é a melhor assistência de sempre a uma quinta-feira em 25 edições, um número só batido, em termos globais, pelos 7.716 da terça feira de 2007, os 7.676 de domingo em 2008, ano em que Roger Federer ganhou o torneio, e os 7.418 de quarta-feira do ano passado.