A russa Maria Sharapova tornou-se hoje a décima jogadora da história do ténis a conquistar os quatro torneios do Grand Slam, ao vencer hoje em a italiana Sara Errani, por 6-3 e 6-2 na final de Rioland Garros, em Paris.
Segunda cabeça de série na terra batida parisiense, Sharapova exibiu-se ao nível de uma número um mundial, condição que assumirá oficialmente na segunda-feira, e juntou este título aos de Wimbledon (2004), US Open (2006) e Open da Austrália (2008).
«É um momento mágico na minha carreira. Tem sido uma grande caminhada para chegar até aqui. Há oito anos conquistei o primeiro título de Grand Slam e oito anos depois estou aqui. Não interessa quantos grand slams se ganham... se fosse o primeiro seria tão especial como o quarto», afirmou Sharapova, sucessora da francesa Na Li no historial de vencedoras.
Este triunfo, num encontro em que remeteu a italiana, 21.ª pré-designada, a um papel totalmente secundário, confirma o regresso pleno de Sharapova, de 25 anos, após uma lesão num ombro que quase lhe aniquilou a carreira.
Os 90 minutos de confronto, em que foi evidente o contraste entre duas jogadoras que nunca se tinham encontrado, confirmaram a tendência de mais de uma década de finais resolvidas em dois "sets", que se mantém desde 2001, ano em que Jennifer Capriati derrotou Kim Clijsters em três partidas.
Hoje, a diferença de 24 centímetros de altura entre Sharapova (1,88 metros) e Errani (1,64) foi o espelho da superioridade da russa sobre a italiana, uma quase desconhecida, que ganhou algum relevo ao ganhar três torneios de terra batida na sua caminhada para Roland Garros, mas que foi "atropelada" na sua primeira final de um "major".
Avisada dos feitos da italiana, que deixou pelo caminho duas ex-campeãs (Ana Ivanovic e Svetlana Kuznetsova) e duas jogadoras de "top-10" (Angelica Kerber e Samantha Stosur), Sharapova encostou a Errani ao fundo do campo com as suas fortes e longas pancadas.
Na sua primeira final em Roland Garros em 10 presenças, Sharapova abriu o encontro de forma autoritária, conseguindo "breaks" nos dois primeiros jogos de serviço da adversária para a chegar a 4-0. A sua propensão para a dupla falta custou-lhe o quinto jogo e Errani finalmente segurou o seu serviço para fazer o 4-2.
A 5-2 e a perder por 15-40 no seu serviço, a italiana salvou dois "set-points" num dos raros momentos em que conseguiu pôr Sharapova a correr de um lado para o outro do "court", mas a sua resistência não passou pelo jogo de serviço seguinte da russa, apesar de mais uma dupla falta desta.
No segundo "set", a russa abriu com novo "break" e fez o 2-0, enquanto o público do "court" central tentava levantar o moral da italiana. Errani segurou então o seu serviço e dispôs de um "break-point" para igualar a partida, mas a russa anulou-o e fechou o quarto jogo com uma direita sobre a linha.
Ao invés, foi Sharapova, com mais alguns "winners", quem chegou ao 4-1 quebrando o serviço de Errani ao terceiro ponto de "break". Foi um momento crucial, uma vez que a transalpina devolveu o "break" de seguida, com quatro pontos consecutivos perante um 0-30, e ainda acalentou alguma esperança.
No entanto, a russa ganhou os dois jogos seguintes, fechando ao terceiro ponto de encontro, quando Errani não conseguiu responder a uma esquerda cruzada.
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