O tenista português João Sousa disse hoje esperar viver um dia especial na estreia neste Estoril Open, torneio que marca a sua despedida dos ‘courts’, garantindo que, à semelhança de toda a carreira, vai deixar tudo em campo.

Em declarações aos jornalistas, após uma homenagem da marca de equipamentos desportivos que o patrocina, o melhor tenista português de sempre assegurou que esta não é uma véspera “igual a todas as outras”, pois será o seu último torneio.

“Ainda há bocado estava a falar com o [treinador] Frederico [Marques] que é o último dia de preparação para um torneio, que é sempre especial, mas vai correr bem. Vai ser um dia especial amanhã [terça-feira]”, disse.

Sobre o encontro de terça-feira com o jovem francês Arthur Fils, quinto cabeça de série, o vimaranense, atualmente no 272.º lugar do ranking mundial, garante que vai ser à imagem da sua carreira.

“Venho aqui para vencer jogos, se não o puder fazer tudo bem, mas vou dar tudo em campo como fiz sempre, depois no final fazemos contas”, assumiu.

João Sousa assegurou ainda estar “muito tranquilo” hoje, embora não saiba como se vai sentir na terça-feira, dia que pode marcar a sua despedida no quadro de singulares, uma vez que ainda vai jogar pares ao lado do brasileiro João Fonseca.

O melhor tenista português de sempre no ranking mundial e único a conquistar títulos de singulares no circuito ATP completou 35 anos no sábado, mas os vários problemas físicos nos últimos anos precipitaram o final da sua carreira.

João Sousa tornou-se profissional em 2007 e, ao longo de 17 temporadas no circuito mundial de ténis, conquistou quatro títulos ATP: Kuala Lumpur, em 2013, Valência, em 2015, Estoril Open, em 2018, e Pune, em 2022.

O vimaranense ostenta vários recordes nacionais no currículo, entre os quais a melhor classificação de sempre de um luso no ranking ATP (28.º), o maior número de internacionalizações na Taça Davis (32) e também o estatuto de único português a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio2016 e Tóquio2020).

O antigo número um nacional e único tenista luso a conquistar o título de singulares do Estoril Open passou oito anos ininterruptos no top 100 mundial (até março de 2021), mas viu o seu sólido percurso perturbado por uma grave lesão no pé esquerdo no final de 2019.