O tenista grego Stefanos Tsitsipas disse hoje que manter-se calmo perante condições climatéricas complicadas o ajudou a derrotar o sul-africano Kevin Anderson, primeiro cabeça de série, na segunda ronda do Estoril Open.
O jovem grego, 44.º do mundo, venceu Anderson, oitavo, por 6-7 (3-7), 6-3, 6-3, em duas horas e 13 minutos, num encontro que ele próprio caracterizou como “estranho”.
“Não jogámos os nossos jogos, devido ao vento muito forte, que nos fez jogar um pouco fora de controlo e cometer muitos erros. É uma das coisas mais difíceis quando jogas ténis. Temos de nos manter calmos e focarmo-nos ainda mais na bola. Temos de ter os olhos cem por cento na bola, porque está sempre a mexer-se. Foi isso que fiz. (...) Estar calmo ajudou muito ao longo do encontro”, referiu.
O jovem grego, de 19 anos, admitiu que ficou “mais relaxado” após perder o primeiro ‘set’” e que, apesar de estar “um pouco desapontado”, conseguiu libertar-se.
“Fiquei um pouco a pensar ‘não me interessa’ e isso ajudou. Quando venci o primeiro ‘break’ estava equilibrado e disse para mim mesmo: ‘agora é a oportunidade, agora podes vencer o encontro que pensaste que era impossível ganhar, estavas por cima dele e tu vai ficar bem’”, referiu.
Para Tsitsipas uma das chaves do encontro esteve na sua capacidade de responder ao forte serviço de Kevin Anderson, uma situação de jogo na qual teve problemas no primeiro ‘set’, por estar a ser “um pouco impaciente”.
“Comecei a entrar no ritmo e na cabeça dele aos poucos, sobretudo nos jogos de resposta. Estava a responder profundo e a mantê-lo nas trocas de bola, o que é importante frente a ele. Em algum ponto, estando mais calmo do que ele, pondo mais pontos do que ele, ele vai acabar por quebrar, é normal em ténis. Frente a bons servidores é importante focarmo-nos na nossa resposta, pôr pressão e saber que podemos trocar a bola com este tipo de jogadores. Foi o que fiz e foi o que me deu a vitória hoje”, afirmou.
Questionado se a Grécia, através dele, pode voltar a conquistar algo em Portugal depois do triunfo no Euro2004 de futebol, Tsitsipas disse que “gostaria muito”, realçando o facto de vir de um país sem tradição no ténis.
“Acredito que deixo o meu país orgulhoso e a mim mesmo orgulhoso ao representar a Grécia todas as semanas. É um bom sentimento saber que o ténis está a crescer na Grécia. Estou feliz por vir de um pequeno país sem grande tradição no ténis e poder ser o primeiro a conseguir algo grande no ténis da Grécia”, afirmou.
Depois de na semana passada ter chegado à final do torneio de Barcelona, onde só perdeu para o espanhol Rafael Nadal, Tsitsipas vai agora defrontar nos quartos de final o espanhol Roberto Carballes Baena.
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