O suíço Roger Federer, terceiro jogador do “ranking” mundial e presidente do Conselho de Jogadores do ATP, lamentou a demissão de Rafael Nadal da vice-presidência do mesmo órgão e admitiu algumas divergências com o espanhol.
Em finais de março, Nadal, número do circuito, apresentou a demissão do Conselho de Jogadores, alegando, na altura, não ser a pessoa mais indicada para a vice-presidência, embora a imprensa tenha insistido em fortes divergências com Federer.
Em entrevista ao diário suíço La Tribune de Geneve, Federer reconheceu que manteve com Nadal «divergências de opiniões», mas considerou a situação «normal».
O antigo líder do “ranking” reconheceu, porém, que o espanhol acabou por tomar uma decisão precipitada: «Talvez o melhor seria ter esperado por junho e, nessa altura, não se recandidatar».
Mesmo assim, Federer fez questão de salientar que respeita a opção do espanhol, já que «’Rafa’ [Nadal] deve agir segundo as suas motivações».
Sobre as críticas que tem recebido de alguns jogadores por «falta de compromisso» na defesa dos tenistas, Federer respondeu que se reagisse de forma mais impulsiva já tinha «pedido a demissão várias vezes».
«As declarações de certos jogadores são, por vezes, excessivas e espontâneas. Já tive oportunidade de expressar os meus pontos de vista a alguns», afirmou o helvético.
Sobre o rumor do risco de uma greve em Roland Garros, segundo “Grand Slam” da época, devido à insatisfação de alguns na repartição dos prémios monetários, Federer revelou que pediu «alguma paciência» aos mais contestatários.
Federer lembrou que os contactos que manteve com os diretores dos quatro maiores torneios mundiais já produziram efeitos na Austrália e Wimbledon, que reforçaram os prémios relativos às primeiras rondas.
«Não podemos impor totalmente a política de prémios desses torneios. Mas esta recetividade mostra uma evolução no bom sentido. Vamos agora esperar pelo Open dos Estados Unidos», acrescentou.
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