O tenista suíço Roger Federer assumiu hoje, após ter conquistado o seu 18.º título do ‘Grand Slam’, que teria ficado igualmente feliz se tivesse sido o espanhol Rafael Nadal a vencer o Open da Austrália.

“Quero dar os parabéns ao Rafa pelo um extraordinário regresso. Acho que nenhum dos dois acreditava que pudéssemos estar aqui quando nos encontrámos há quatro meses na tua academia. E cá estamos na final. Estou feliz, se tivesses sido tu a ganhar também estaria, para ser sincero. O ténis é um desporto muito difícil, não há empates. Mas se houvesse empates, teria todo o gosto em partilhá-lo com o Rafa”, disse Federer, dirigindo-se ao seu eterno rival.

Num discurso em que ficou patente o grande respeito existente entre os dois tenistas que marcaram a década de 2000, o recordista de triunfos em torneios do ‘Grand Slam’ pediu ainda para Nadal continuar a jogar por muitos mais anos, porque o ténis precisa do espanhol.

“Todos dizem que trabalharam muito e eu fiz o mesmo, mas não posso ‘gritá-lo’ porque tenho lendas atrás de mim. Quero agradecer à minha equipa, porque os últimos seis meses foram diferentes. Não tinha a certeza que chegaria aqui, mas cá estou eu. Obrigado malta”, sublinhou, antes de confessar que não poderia estar mais contente por ter ganhado hoje.

Antes de Federer, foi o nono tenista mundial, visivelmente abatido pela derrota por por 6-4, 3-6, 6-1, 3-6, 6-3, a ter a palavra.

“Foi um grande encontro, provavelmente o Roger mereceu um bocadinho mais do que eu. Mas vou continuar a tentar. Sinto que regressei ao mais alto nível e vou continuar a lutar. Este é o terceiro troféu destes que levo [de finalista]. É bonito, mas o de vencedor é muito mais bonito, por isso vou voltar para tentar ganhá-lo”, prometeu Nadal.