O tenista suíço Roger Federer, por muitos considerado o mais elegante de sempre, juntou-se hoje à norte-americana Serena Williams, anunciando ir pendurar a raqueta brevemente, naquele pode ser o início do fim de uma era dourada da modalidade.

O antigo ‘n.1’ mundial e detentor de 20 títulos do ‘Grand Slam’, com 41 anos e múltiplas operações ao joelho direito que o afastaram dos ‘courts’ por mais de um ano, anunciou ir terminar a carreira após a Laver Cup, marcada para entre 23 e 25 de setembro, em Londres, após 24 anos no circuito mundial.

A carreira de Federer em 30 imagens

Natural de Basileia e formado na terra batida helvética, “Fedex” fez da relva da ‘catedral’ All England Lawn and Croquet Club, Wimbledon, a sua casa, onde começou a sobressair ao vencer as provas de juniores em 1998, tanto em singulares como em pares.

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Federer, dono de serviços precisos e variados, de uma ‘esquerda’ cortada exemplar e de pancadas ‘direita’ portentosas, concluiu um total de cinco épocas no topo da hierarquia mundial, detendo o recorde do maior número de semanas seguidas como ‘n.1’ da ATP (237), entre 2004 e 2008, esta última época conquistando também o luso Estoril Open.

Nas últimas duas décadas, o suíço viu o seu domínio repartido com o espanhol Rafael Nadal, de 35 anos, com 23 ‘Grand Slam’, mas ultimamente apoquentado também por lesões, e com o sérvio Novak Djokovic, detentor de 22 títulos ‘majors’ e impedido de participar em vários por recusar vacinar-se.

No total, Federer conquistou 103 torneios de topo graças a 1.251 vitórias em singulares e foi o mais velho líder do ‘ranking’, com 36 anos, em 2018.

Quinze anos antes, em Wimbledon, o atleta suíço conquistara o seu primeiro ‘Grand Slam’, somando depois mais sete (recorde). No Open da Austrália ficou-se por sete, enquanto no Open dos EUA ganhou cinco vezes e em Roland Garros apenas uma.

O último ‘Grand Slam’ conquistado por Federer foi em 2018, com o triunfo no Open da Austrália.

Em seis ocasiões, Federer venceu também o torneio de final do ano que reúne os melhores oito tenistas da época, além de ter conquistado a medalha de ouro olímpica de Pequim2008, na variante de pares, ao lado do compatriota Stan Wawrinka, bem como uma de prata, individual, em Londres2012.

A Federação Internacional de Ténis elegeu-o melhor tenista do ano em 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009 e foi também galardoado com cinco Laureus para melhor desportista nos anos de 2005, 2006, 2007, 2008 e 2018.

Roger é casado com uma ex-tenista, Miroslava Vavrinec, que conheceu na disputa de Jogos Olímpicos e tem dois ‘sets’ de filhos gémeos.