A França chegou este domingo à décima vitória na Taça Davis, quebrando um 'jejum' que durava desde 2001, com Lucas Pouille a bater o belga Steve Darcis e 'selar' o triunfo gaulês com um tangencial 3-2.
Em Villeneuve-d'Ascq (Lille), no norte da França, o terceiro e último dia da final começou com a França em vantagem, por 2-1, mas David Goffin relançou a Bélgica, impondo-se a Jo-Wilfried Tsonga, a obrigar a um 'tudo ou nada' final. Pouille acabou por ser o herói do dia, levando o estádio Pierre Mauroy ao rubro.
O 'duelo' entre os números um das suas equipas, Goffin (sétimo do 'ranking' mundial) e Tsonga (15.º), durou duas horas e 44 minutos, com o belga a conseguir ser mais consistente só na parte final 7-6 (7-5), 6-3 e 6-2.
A vitória galvanizava a Bélgica, mas não era possível esconder a diferença de valor entre Lucas Pouille (18.º) e Darcis (76.º) e sobretudo o impressionante fator casa. O recinto, lotado, nunca parou de apoiar de forma entusiasta os tenistas gauleses.
Darcis não aguentou o ritmo de jogo do benjamim francês, de 23 anos apenas, e após uma hora e 34 minutos Pouille fechou com 6-3, 6-1 e 6-0, entregando assim a 'Saladeira de Prata' ao capitão francês, o lendário Yannick Noah, comandante de um quarteto formado por Tsonga, Pouille, Richard Gasquet e Herbert Pierre Hughes.
Para Noah, trata-se de um 'tri', já que também fora o líder em 1991 e 1996, mas para todos os jogadores é uma estreia, especialmente saborosa para Tsonga e Gasquet, que já dobraram a barreira dos 30 anos.
Em lágrimas, o capitão e antigo jogador, de 57 anos, assumiu no final estar "muito contente" e que o momento "é para desfrutar".
"Terminar assim, em casa e com um público como este e centenas de milhares a ver na televisão.... A vitória é também dedicada aos que não estiveram aqui. Tivemos quatro jogadores diferentes para ganhar três pontos, é ótimo. Sofri, foi uma semana longa, o 'staff' teve de me apoiar. Todos queriam isto, privilegiámos o espírito de grupo mais que as individualidades, quem veio foi bem recebido, os conselhos e a presença foram preciosos", disse ainda.
Foi longa a espera de França, desde que em 2001 surpreendeu a Austrália em Melbourne, por 3-2, então com Nicolas Escudé a ser o 'herói', com os seus dois triunfos individuais. Desde então, o caminho foi amargo, sobretudo com as três finais perdidas, contra Rússia, Sérvia e Suíça.
Na lista de sempre, a França chega a terceira mais laureada, com tantos títulos como tem a Grã-Bretanha. Melhor, só as duas nações históricas da modalidade, os Estados Unidos (32) e Austrália (28).
Já a Bélgica, que 'precisa' de um segunda linha para apoiar Goffin, disputou apenas a terceira final do seu historial - mas a segunda em três anos, já que em 2015 perdeu para a Grã-Bretanha, de Andy Murray.
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