Frederico Silva surpreendeu hoje João Sousa e conquistou o título de campeão do segundo torneio do Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), no Lisboa Racket Centre, onde Inês Murta acabou com o ‘reinado’ de Francisca Jorge.

Numa final disputada pelos principais favoritos, primeiro e segundo cabeças de série, Frederico Silva mostrou-se bastante consistente, muito bem fisicamente e, insistindo na esquerda de João Sousa, impôs-se em dois ‘sets’, por 6-3 e 6-4, em uma hora e 45 minutos.

“Consegui fazer o melhor encontro do torneio, aliás o melhor desde que voltámos à competição, depois da paragem prolongada [devido à covid-19]. Estou muito satisfeito com o jogo que fiz e com a vitória. Hoje, tinha tudo para jogar o meu melhor ténis e foi o que aconteceu. Era a primeira final, num clube simpático, contra um jogador como o João e tentei pegar nisso como motivação”, considerou o jogador das Caldas da Rainha.

Reconhecendo que o adversário, número 66 do ‘ranking’ ATP, “talvez não tenha conseguido fazer hoje o seu melhor jogo”, Frederico Silva admitiu, contudo, ter levado a estratégia bem estudada para tentar levar a melhor no Lisboa Racket Centre.

“O João tem um nível extraordinário e eu sabia que tinha de entrar bem no encontro para ter hipóteses de lutar por ele e foi muito importante obter alguma vantagem no início do primeiro ‘set’ para me dar alguma motivação e confiança”, revelou o número 193 mundial.

Já João Sousa, apesar de defender que não esteve nos seus melhores dias, entregou o mérito do triunfo ao campeão do segundo torneio do Circuito Sénior FPT.

“Faltou nível, intensidade, atitude, faltou muita coisa. O Frederico esteve muito bem, com muito boa atitude, tudo aquilo que eu não tive, e por isso venceu hoje”, justificou o minhoto.

Apesar de não ter conquistado nenhum dos títulos em Portugal, João Sousa assegura ter alcançado “o objetivo de competir” e ter tirado ilações das suas exibições, antes da retoma do circuito ATP em 14 de agosto, em Washington.

“Houve encontros em que competi melhor, outros não tão bem, mas deu para perceber que ainda falta trabalhar muita coisa. Foi positivo nesse sentido”, concluiu o número um português.

Na competição feminina, Inês Murta terminou com a série de 11 vitórias consecutivas de Francisca Jorge, ao conquistar o título em duas partidas, pelos parciais de 6-1 e 6-3, em uma hora e 29 minutos.

“Procuro sempre assumir o jogo, com bolas mais pesadas na subida e sendo mais agressiva, e foi isso que tentei. E no primeiro ‘set’, consegui fazê-lo bem”, esclareceu a jovem algarvia, de 23 anos.

Depois de ceder em casa, na final na Vale do Lobo Tennis Academy, há uma semana, Inês Murta, que ocupa o 637.º lugar do ‘ranking’ WTA, tirou a desforra da tricampeã nacional, Francisca Jorge, de 20 anos, mas fez questão de elogiar o “feito” da adversária vimaranense.

“Taticamente, joguei bastante melhor que na final do Algarve, mas não lhe quero tirar nenhum mérito, pois somou 11 vitórias consecutivas, o que é um grande feito. Começámos a competir há pouco tempo, depois de uma situação muito particular, e estou muito satisfeita pela maneira como joguei hoje”, frisou.

Apesar de reconhecer que “as vitórias dão sempre confiança”, Murta, que embolsou hoje um prémio de 1.500 euros, mostrou-se, sobretudo, “satisfeita” com o nível de jogo atingido, após ter perdido apenas oito jogos de serviço ao longo da prova, antes de rumar à Figueira da Foz para disputar o terceiro torneio do Circuito Sénior da FPT.

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