O tenista português João Sousa está convicto de que pode atingir bons resultados esta época, apontando, em entrevista à agência Lusa, a acumulação de vitórias como o seu principal objetivo para 2017.
Antes de aventurar-se na antevisão do que há de vir, o número um nacional recordou o início de temporada de sabor agridoce: “Gostaria de ter feito um resultado melhor em Melbourne [foi eliminado na primeira ronda do Open da Austrália], mas penso que foi o melhor início de época que tive até hoje. Estou contente com Auckland [foi finalista] e a derrota de Melbourne não põe em causa aquilo que eu consegui anteriormente”.
João Sousa reconheceu que é sempre bom começar a temporada com o pé direito, mas não se mostrou ‘supersticioso’ com aquilo que a presença na final do torneio neozelandês, a oitava da sua carreira, pode significar para o futuro imediato.
“Não quer dizer nada, mas tenho vindo a trabalhar muito bem, a fazer as coisas corretas e acredito que posso fazer bons resultados esta época. Obviamente, ainda há muito a melhorar, o que é bom, e vamos trabalhar nesses aspetos para que eu possa continuar a crescer como jogador e alcançar bons resultados”, sublinhou.
Lembrando que não pensa em ‘rankings’, nem em resultados, o melhor tenista nacional de sempre (foi 28.º da hierarquia mundial a 16 de maio de 2016) garantiu que só quer somar vitórias.
“O importante é jogar e tentar vencer os encontros”, frisou, assumindo, contudo, que gostaria de voltar a conquistar um título, para juntar aos de Kuala Lumpur (2013) e Valência (2015): “É sempre um objetivo que todos os jogadores têm em mente”.
Sousa realçou a satisfação com a pré-temporada realizada, que o levou até Maiorca, para treinar com o espanhol Rafael Nadal, antigo número um mundial e vencedor de 14 títulos do ‘Grand Slam’, e revelou o seu plano para as próximas semanas.
“Vou para a América do Sul, vou disputar alguns torneios em terra batida, que é algo que já não fazia há dois anos. Tenho alguma vontade de voltar à terra. Depois vou para os Estados Unidos, disputar os dois primeiros Masters 1000 da temporada e regresso para a Europa”, contou à Lusa.
Quando voltar à ‘base’, o vimaranense de 27 anos, radicado em Barcelona, vai fazer um périplo pelos principais torneios europeus de terra batida, que inclui a presença no Estoril Open, o único torneio ATP realizado em Portugal.
“A organização do torneio e os ‘sponsors’ têm feito um esforço enorme para que seja um dos melhores torneios do Mundo. Para mim é sempre um prazer poder jogar em casa, com o público português. Infelizmente, os últimos anos não correram tão bem, mas independentemente disso vou dar o meu melhor e procurar fazer um bom resultado”, prometeu.
O número um nacional teve ainda umas palavras para o único outro nome já confirmado, o do ‘gigante’ argentino Juan Martin del Potro, que o derrotou na segunda ronda do torneio olímpico do Rio2016.
“Joguei contra ele nos Jogos Olímpicos, é um jogador que conheço bem do circuito. Realmente, é muito bom ele vir a Portugal e que as pessoas possam ver o potencial dele”, considerou.
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