O juiz que anulou o cancelamento do visto do tenista sérvio Novak Djokovic promove hoje uma audiência de urgência, depois de o governo da Austrália ter cancelado, de novo, o visto do número um mundial, informou o tribunal.
“Uma audiência terá lugar hoje (...), perante o juiz Anthony Kelly, do tribunal federal”, indicou, em comunicado, um porta-voz do tribunal, sem adiantar mais detalhes.
A audiência acontece poucas horas depois de o ministro australiano da Imigração, Alex Hawke, ter cancelado o visto de Djokovic, o que implica a deportação do vencedor do Open da Austrália por nove vezes (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021).
Djokovic chegou a Melbourne a 05 de janeiro com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália, primeiro ‘major’ de 2022, sem ser vacinado contra a covid-19, mas o visto foi posteriormente cancelado pelas autoridades alfandegárias.
O sérvio ficou detido até uma decisão judicial na segunda-feira ordenar a sua libertação - emitida pelo mesmo juiz que hoje promove a audiência -, mas o Governo australiano voltou a cancelar o visto.
A decisão foi tomada "por razões de saúde e ordem pública", disse o ministro, em comunicado.
Djokovic, que pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de Grand Slam caso ganhasse o Open da Austrália, admitiu esta semana ter prestado falsas declarações à entrada da Austrália.
Para além de erros e inconsistências na declaração de Djokovic para entrar na Austrália, soma-se a violação das diretrizes de isolamento face à pandemia de covid-19 na Sérvia.
Djokovic tinha declarado que não tinha viajado nos 14 dias anteriores, mas na realidade tinha viajado da Sérvia para Espanha, enquanto no seu país natal deu uma entrevista a um meio de comunicação social francês sabendo que testara positivo ao coronavírus.
Comentários