A tenista portuguesa Maria João Koehler enfrenta a sua estreia em Roland Garros com uma elevada dose de confiança, que lhe permite, inclusive, dizer que na primeira ronda do segundo Grand Slam da época pode encontrar qualquer jogadora.

Às portas das primeiras 100 do ranking mundial, a portuguesa teve entrada direta no quadro principal do torneio francês, algo que a deixou «muito contente», mas que não encara como suficiente.

«O meu objetivo não passa por só estar lá, espero ganhar jogos no quadro principal. É para isso que trabalho todos os dias», assumiu em conversa com a agência Lusa.

A portuguesa, 103.ª da hierarquia mundial, não rejeita um desafio, por isso atreve-se mesmo a responder «venha qualquer uma» quando questionada sobre a adversária que não gostaria de encontrar na primeira ronda.

Para Maria João Koehler esta vai ser a estreia quase absoluta em Roland Garros: «Nunca joguei o ‘qualifying’, é o único Grand Slam que me falta. Estou muito motivada, vou com o meu treinador. Para muita gente – quem gosta mais de terra batida – é o torneio preferido. Eu gosto de terra batida, mas gosto mais de piso rápido. Já estive no complexo de Roland Garros com uma amiga, quando estava em Paris. De certeza que é um ambiente inacreditável como em todos os Grand Slam e estou ansiosa».

No entanto, a tenista lusa já sabe o que é estar na ribalta quando de um dos maiores torneios do calendário se trata, pelo que o nervosismo só deverá aparecer na dose “q.b” quando pisar a terra batida do complexo francês.

«Só joguei duas vezes quadro principais de Grand Slams. O primeiro foi num campo inacreditável, a Rod Laver Arena, contra a Kim Clijsters. Aí estava certamente muito nervosa. Na segunda vez, também vinda do ‘qualifying’, também no Open da Austrália, já fui com outra mentalidade», recordou.

Por isso, e porque com a experiência vai lidando «cada vez melhor» com a pressão, Maria João Koehler não precisou de fazer nenhuma preparação distinta para Roland Garros, um torneio que dificilmente se tornará o seu favorito dos quatro grandes.

«O US Open foi o meu primeiro Grand Slam, foi o primeiro impacto. O Open da Austrália [foi] o meu primeiro quadro principal, a minha primeira vitória em quadros principais, [em] Wimbledon gostei muito da relva, mas devido ao histórico o Australian Open, para já, é o meu preferido», justificou, apontando as passagens no torneio australiano como as melhores memórias da sua carreira.