Pedro Cordeiro, selecionador português de ténis, elogiou hoje o regressado Rui Machado e o estreante André Gaspar Murta por terem sabido controlar o nervosismo para vencerem os seus jogos de singulares frente ao Benim, na Taça Davis.
O "capitão" analisou as prestações das suas escolhas para os últimos encontros de singulares, considerando que Rui Machado entrou «um bocadinho preso, mas depois retificou aquilo que estava a perturbar a sua atuação».
«Pegou no jogo, aumentou o ritmo e o adversário não teve qualquer hipótese», avaliou Pedro Cordeiro.
Para o estreante André Murta, um tenista que tem «uma boa base de ténis, em que sobressai o serviço e a direita», mas que precisa de ser mais rápido, Cordeiro teve palavras de elogio, dizendo que, apesar de ter entrado nervoso, soube acalmar-se e jogou «de forma muito regular».
Rui Machado garantiu que não sentiu qualquer limitação em termos físicos, durante a sua vitória por 2-6, 6-2 e 6-0 sobre Alexis Klegou.
«É óbvio que voltar à competição é sempre diferente, por muito ‘sets’ de treino que possa fazer não vou poder treinar estas situações. Este foi um teste perfeito», confessou.
O melhor jogador luso de sempre no ranking mundial assumiu que demorou algum tempo a entrar em jogo e que não se encontrou no primeiro "set".
«No início não quis jogar a um nível muito alto porque quis fazer uma evolução progressiva, mas tive de fazer um ‘click’», completou.
Já André Gaspar Murta realçou a «ótima experiencia» e a grande aprendizagem.
«Tive oportunidade de treinar com três jogadores de alto nível, não tenho razões de queixa, tirando o cabelo», brincou.
O jovem de 18 anos superou o nervosismo, soube controlar-se bem e acalmou-se até ao momento em que serviu para fechar o encontro e a eliminatória.
«No último jogo de serviço, relaxei um bocado, talvez tenha sentido a pressão», justificou sobre o "break" conquistado por Tunde Segodo.
Portugal venceu o Benim por 5-0 e marcou encontro na segunda ronda do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis com a Lituânia.