A seleção portuguesa de ténis vai jogar o acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis com o Cazaquistão, uma equipa, segundo o fisioterapeuta Nuno Lobo Ribeiro, com "atletas fortes em piso rápido, espírito combativo e capacidade de resistência".

Nuno Lobo Ribeiro é fisioterapeuta desportivo há 12 anos, dá formação a treinadores de futebol no curso UEFA, no nível B e C (em traumatologia do desporto, luta contra a dopagem, funcionamento do corpo humano e primeiros socorros), trabalha numa clínica privada e, em 2014/15, chegou a colaborar com a Federação de Ténis do Cazaquistão e com a equipa da Taça Davis.

"Nesse ano fiz um mês de pré-época com a seleção em Miami e depois, a pedido da federação, acompanhei o Mikhail Kukushkin nos torneios de Nottingham e Wimbledon para o preparar para os quartos de final da Taça Davis", recordou à Lusa o fisioterapeuta português, que trabalhou ainda com Aleksandr Nedovyesov (241.º do ‘ranking’ ATP), Andrey Golubev e Roman Khassanov.

Atendendo à experiência vivida há três anos, Lobo Ribeiro acredita que a equipa capitaneada por Rui Machado vai encontrar, em fevereiro, no Cazaquistão "atletas fortes em piso rápido, com espírito combativo e boa capacidade de resistência", liderados por Kukushkin, número 54 do ‘ranking’ mundial, que "tem como pontos fortes uma boa direita ao longo e ‘inside out’, é bom a jogar no fundo do ‘court’ e tem um bom jogo à rede".

Ao contrário de Portugal, que vai lutar, pela terceira vez, pelo acesso histórico ao Grupo Mundial, o Cazaquistão estreou-se entre a elite em 2011 e, desde então, já alcançou os quartos de final da Taça Davis em cinco ocasiões, em 2011, 2013, 2014, 2015 e 2018.

"Em 2015, quando estive com a equipa, eliminámos nos oitavos de final a favorita Itália”, observou o fisioterapeuta português, defendendo ainda que o "trabalho em conjunto permitiu criar rotinas de trabalho em grupo e boas dinâmicas da equipa".

Apesar de a mais recente equipa só contar com um jogador de topo, Mikhail Kukushkin, e os restantes não figurarem no top-200 do ‘ranking' do ATP, o Cazaquistão venceu as últimas cinco eliminatórias da Taça Davis em casa e nove das últimas dez. Desde 2008, e em 11 eliminatórias disputadas em casa, a equipa de leste só perdeu uma vez, em abril de 2013 frente à República Checa.