Milos Raonic pôs hoje ponto final a uma espera de 106 anos, ao tornar-se no primeiro tenista canadiano a atingir as meias-finais de Wimbledon, depois de vencer Nick Kyrgios, num dia em que o campeão Andy Murray caiu.

Foi um dia de emoções fortes no All England Club: a ronda começou com a eliminação do primeiro campeão britânico em 77 anos, diante do búlgaro Grigor Dimitrov, prosseguiu com a difícil vitória de Novak Djokovic, em cinco “sets”, continuou com a 35.ª presença numa meia-final de um "Grand Slam" por parfte de Roger Federer e concluiu com o êxito de Raonic.

Primeiro canadiano em 106 anos nas meias-finais de Wimbledon, o oitavo cabeça de série venceu, por 6-7 (4-7), 6-2, 6-4 e 7-6 (7-4), o “teenager” australiano Nick Kyrgios, que na véspera tinha eliminado o número um mundial, o espanhol Rafael Nadal.

“É espetacular ter este tipo de vitória, especialmente num torneio em que sempre quis jogar bem, algo que não consegui nos últimos anos. Dar a volta a isso é especial”, assumiu Raonic, que acredita que este é mais um passo em frente no seu objetivo de se tornar o melhor tenista do Mundo.

Impressionante no serviço, o tenista de 23 anos fez 39 ases, o último dos quais para converter o seu quarto “match-point”, garantindo também a primeira presença de um canadiano nesta fase de um "Grand Slam" desde 1923.

Nas “meias”, Raonic vai defrontar o “rei” de Wimbledon, o suíço Roger Federer, que bateu o compatriota, amigo e vencedor do Open da Austrália, Stanislas Wawrinka, por 3-6, 7-6 (7-5), 6-4 e 6-4.

Sete vezes campeão no All England Club, “Fed” procura estabelecer um novo recorde de triunfos no torneio londrino. Para já, tem de “contentar-se” com o facto de estar a disputar a 35.ª meia-final de um "Grand Slam".

“Conheço o Stan há muito tempo e é sempre difícil [ganhar] quando se conhece alguém assim tão bem. Ele jogou muito bem nos dois primeiros `sets´ e depois enfrentou algumas dificuldades físicas. Estou verdadeiramente feliz, jogámos a um nível muito alto hoje”, analisou o “veterano”, de 32 anos, que pode acrescentar mais um “Slam” ao seu recorde de 17.

Mais difícil foi a tarefa do número dois mundial, o sérvio Novak Djokovic, que esteve a um “set” de ser afastado de Wimbledon pelo croata Marin Cilic (26.º), antes de vencer pelos parciais de 6-1, 3-6, 6-7 (4-7), 6-2 e 6-2, em 3:18 horas.

“Consegui manter a minha concentração quando o encontro pendia a seu favor, sobretudo no terceiro `set´. Estava tão frustrado por não ter aproveitado as ocasiões que tive e por ter permitido que ele desse a volta ao encontro”, confessou o primeiro cabeça de série e finalista em 2013.

Nas meias-finais, Djokovic defrontará o búlgaro Grigor Dimitrov, 13.º da hierarquia, que provocou o choque do dia ao deixar pelo caminho o campeão de 2013, o britânico Andy Murray, em apenas três parciais, por 6-1, 7-6 (7-4) e 6-2, em 02:01 horas.

"Estou muito desapontado com a forma como comecei o encontro. Sinto que lhe dei confiança no início”, admitiu o britânico, que não atinge uma final desde o seu triunfo em Wimbledon.

Murray reconheceu que Dimitrov foi mais sólido, cometeu menos erros e acertou em muitas respostas. “Só desejava ter-lhe dificultado mais a vida. Não foi um bom dia”, lamentou.

Com as atenções voltadas para o quadro masculino, a vitória de Simona Halep, a número três mundial, sobre Sabine Lisicki, a finalista do ano passado, por 6-4 e 6-0, e de Eugenie Bouchard sobre a alemã Angelique Kerber, por 6-3 e 6-4, quase passaram despercebidas no quadro feminino.

É a terceira vez consecutiva que a romena e a canadiana, 13.ª jogadora mundial, se qualificam para as meias-finais de um Grand Slam.

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