João Sousa espera inverter em Roland Garros a série de resultados negativos, apontando como única meta para o segundo ‘Grand Slam’ da temporada, que arranca no domingo, em Paris, jogar ténis a um grande nível.

“Não chego a Roland Garros com nenhumas expectativas. O meu objetivo é sempre dar o melhor, fazer um grande torneio. A meta primordial é jogar a um grande nível. É isso que vou tentar fazer e, no final, ver-se-á se o resultado foi positivo ou negativo”, disse o número 1 nacional à Agência Lusa.

Aos 28 anos, aquele que é o melhor tenista português de sempre está a atravessar uma fase menos boa, com cinco derrotas consecutivas em estreias em torneios do circuito ATP e a seis seguidas sem conquistar qualquer ‘set’.

“Não tem faltado nada vencer. Tem havido trabalho, tem havido alegria. Temos trabalhado bem, mas a verdade é que os resultados não têm sido os desejados. Espero que possa ultrapassar isso e voltar às vitórias”, reconheceu o vimaranense, que esta semana caiu para a 57.ª posição do ranking’, a sua pior classificação desde 27 de abril de 2015.

Apesar de se ter dado mal com a temporada europeia do pó de tijolo – somou apenas uma vitória, na primeira ronda do Masters 1.000 de Monte Carlo -, Sousa assegurou que “obviamente” a sua mente ainda não mudou o ‘chip’ para a relva.

“É errado pensar assim. Existe um último torneio nesta fase de terra batida, que é Roland Garros, que é um torneio importantíssimo, que todos os jogadores gostam de disputar. A minha cabeça está completamente focada em Roland Garros”, completou.

O número 1 luso, que nas últimas duas edições do ‘Grand Slam’ parisiense alcançou a segunda ronda, apontou os suspeitos do costume como favoritos a erguer o troféu no ‘court’ Philippe Chatrier, a 11 de junho.

“Penso que os candidatos mais fortes neste momento são o (Rafael) Nadal. E, se calhar, o (Novak) Djokovic. Se bem que não tem atravessado uma boa fase, é um grandíssimo jogador e já o demonstrou – não é por acaso que é um dos melhores da história do ténis. Infelizmente, este ano o (Roger) Federer não vai participar, pelo que estes dois são os principais favoritos”, elencou.

Derrotado pelo atual número 1 mundial, o britânico Andy Murray, na segunda ronda em 2015, e pelo sérvio Novak Djokovic, segundo do ‘ranking’, na primeira ronda do ano anterior, Sousa disse à Lusa que não há nenhum jogador em particular que não gostasse de apanhar.

“A este nível, todos os jogadores são bons, todos os encontros são difíceis. Estamos num 'Grand Slam', não há rondas fáceis. Venha quem vier, vou dar o meu melhor”, prometeu.