O tenista norte-americano Ryan Harrison mostrou-se feliz pelo título de campeão de pares do Estoril Open conquistado ao lado do "irmão" neozelandês Michael Venus, enaltecendo o primeiro troféu conquistado pela dupla num torneio ATP.

“Foi um encontro entusiasmante para nós. É o nosso primeiro título juntos. Ambos já tínhamos vencido títulos antes, mas é especial ganhar com alguém que é como um irmão para mim. Há um mês, ele foi o meu padrinho de casamento. É o meu melhor amigo e isto é muito especial", começou por dizer o norte-americano, que completou hoje 25 anos, após o triunfo face aos espanhóis David Marrero e Tommy Robredo por 7-5 e 6-2.

Ryan Harrison, que arrecadou o título na vertente de pares pela terceira vez na carreira, lembrou que se tratou de uma primeira vez: “Apesar de jogarmos várias vezes juntos, nunca tínhamos vencido no circuito mundial".

O atual número 52 do mundo de singulares revelou que está a progredir ao longo das últimas semanas, frisando que a pressão é a mesma a jogar sozinho e em pares.

"A terra batida é difícil, mas estou a sentir-me melhor semana após semana. Ainda não estou no ponto ideal, ainda tenho de melhorar a movimentação e o trabalho dos pontos. Jogar pares faz-me sentir a mesma pressão que em singulares, porque levo os pares muito a sério. Já não jogava pares há algum tempo e no primeiro encontro aqui, o Michael teve de cuidar de mim, porque eu não estava habituado à dinâmica", argumentou.

Harrison agradeceu ainda à organização o "excelente trabalho na melhoria das condições do court", que estavam "duros" no início da semana.

Já o neozelandês Michael Venus deixou vários elogios ao colega, mostrando-se igualmente contente pelo título que irá recordar para "sempre".

"Vi-o crescer e subir nos 'rankings' e fiz parte disso. Desfruto do seu sucesso. Poder conquistar algo com ele, a este nível, é muito bom. É algo que vou lembrar para sempre", confessou o agora detentor de seis troféus em pares.

Venus comentou também a semana passada em Lisboa, manifestando o desejo de poder voltar a jogar em Portugal.

“A cidade é linda, há muitos 'courts' de treino e muitos tipos com quem bater bolas. A comida é ótima e está tudo muito próximo, não perdemos muito tempo em viagens. Todo o cenário do torneio faz com que este seja um dos melhores torneios em que joguei. Espero voltar”, terminou.