Francesca Schiavone comparou-se com um bom vinho italiano que vai melhorando com a idade. Foi assim que italiana de 30 anos justificou a qualificação para a final de Roland Garros, a sua segunda do Grand Slam, depois de, há 12 meses, ter conquistado o título no Grand Slam francês. A adversária será outra jogadora bem experiente, Li Na, um ano mais nova e finalista em Janeiro, no Open da Austrália.

Graças ao seu jogo variado e ofensivo, Schiavone conseguiu contrariar o vento e a combatividade da francesa Marion Bartoli, vencendo com um duplo 6-3, para grande desconsolo dos 14 mil espectadores que encheram o court Philippe Chatrier e que esperavam ver uma francesa na final do seu Grand Slam, o que não acontece desde que Mary Pierce discutiu o título, em 2005.

«Significa que os anos podem ajudar muito, a experiência. Há alguns anos, os campeões eram sempre jovens. Agora, está a muda«”, disse Schiavone, antes de sentenciar: «É como o vinho. Quanto mais tempo estiver na garrafa, melhor fica!»

Li Na também tem vindo a melhorar com a idade e aos 29 anos vai disputar a sua segunda final do Grand Slam consecutiva. A chinesa, que tem a possibilidade de tornar-se na primeira asiática a conquistar um Grand Slam, contrariou o favoritismo de Maria Sharapova, vencendo, com os parciais de 6-4, 7-5, num encontro que terminou com a 10.ª dupla-falta da russa.

«Só preciso de subir mais um dregrau e o meu sonho torna-se realidade», afirmou Li, após o encontro que, segundo os organizadores, teve uma audiência de sete milhões de telespectadores na China.

Schiavone e Li dividiram as vitórias nos quatro duelos anteriores, tendo a italiana ganho o único que foi travado na terra batida, precisamente em Roland Garros, na terceira ronda da edição do ano passado, por 6-4, 6-2.