O caminho parece totalmente aberto para o tenista Roger Federer chegar ao histórico oitavo triunfo em Wimbledon, depois de hoje ver cair, nos quartos de final do torneio, os últimos dois grandes rivais, Andy Murray e Novak Djokovic.
O escocês Andy Murray, campeão em título, caiu com estrondo, dominado em toda a linha na parte final do encontro com o norte-americano Sam Querrey, enquanto que o sérvio Novak Djokovic desistiu, por lesão, em jogo contra o checo Tomas Berdych, que já estava a perder.
Heptacampeão de Wimbledon, título que partilha com Pete Sampras e William Renshow (este na era amadora), o suíço Roger Federer tem, aos 35 anos, uma ocasião soberana para vincar mais o seu lugar na história, quando só lhe falta superar dois adversários acessíveis - primeiro, Berdych, e depois Querrey ou o croata Marin Cilic, o quarto semifinalista.
Nos quartos de final, voltou a perceber-se como Federer apostou 'toda a sua época' aqui, ganhando ao canadiano Milos Raonic, em três 'sets', com 6-4, 6-2 e 7-6 (7-4).
Federer mostrou toda a sua classe no terceiro 'set', em que teve de anular cinco bolas de 'break' para tirar todas as veleidades a Raonic, vingando-se assim da melhor forma da meia-final perdida para o canadiano, no ano passado.
Depois do espanhol Rafael Nadal, na segunda-feira, hoje cairam mais dois dos quatro tenistas de melhor palmarés e o primeiro foi logo Murray, o campeão de 2016, a deixar assim o 'trono' do ténis em relva vago.
Murray 'sucumbiu' ao poder atacante de Querrey, que conseguiu 27 'ases' na partida, ganhando ao líder do 'ranking' por invulgares 3-6, 6-4, 6-7 (4/7), 6-1 e 6-1.
Depois de vibrarem com o feito de Johanna Konta, hoje os ingleses desiludiram-se com o seu campeão preferido, que sai a queixar-se da anca.
Para o adversário, o momento é de festejar, já que o 24.º dos cabeças de série não está habituado a estes momentos em 'Grand Slams' - é a primeira vez que chega às 'meias'.
E tem razões para continuar a sonhar, pois o 'senhor que se segue' nem sequer será dos mais difíceis em relva - trata-se de Cilic, que afastou o luxemburguês Gilles Muller, manifestamente cansado após a 'maratona' de há dois dias com Nadal.
Não foi fácil o triunfo de Cilic, que teve de anular desvantagens para finalmente se impor em cinco 'sets', com os números de 3-6, 7-6 (8/6), 7-5, 5-7 e 6-1, em três horas e meia.
Além da humilhação de Murray, o All England Club testemunhou também o drama de Novak Djokovic, incapaz de continuar em jogo, com dores no braço direito. Chegou a ser massajado em campo, mas não deu, e preferiu ficar por aí, evitando penar mais ainda em campo.
Berdych ganhou o primeiro 'set' por 7-6 (7/2) e já ia com 2-0 no segundo. O 'break' traçava o destino do sérvio, que já se queixara de dores no jogo anterior, contra o francês Mannarino. Afinal, não era 'falso alarme'.
A história estava toda a favor do sérvio, que em 28 connfrontos ganhara por 26 vezes, mas quem se riu no final foi mesmo o checo.
Comentários