O norueguês Casper Ruud, vice-campeão de Roland Garros, e a número um mundial Iga Swiatek acederam hoje às meias-finais em Paris, onde a brasileira Beatriz Haddad Maia fez história à custa de Ons Jabeur, sétima cabeça de série.
A jornada de hoje no court Philippe-Chatrier, reservada a quatro encontros dos quartos de final, arrancou com o surpreendente triunfo de Haddad Maia frente à tunisina Ons Jabeur, em três sets, com os parciais de 3-6, 7-6 (7-5) e 6-1.
Depois de ter disputado e vencido o desafio mais longo do ano na ronda anterior, ao cabo de três horas e 51 minutos, a tenista natural de São Paulo, que ocupa o 14.º lugar no ranking WTA, conseguiu superar a número sete do mundo, ao fim de duas horas e 29 minutos, e tornar-se na primeira brasileira a garantir uma vaga nas meias-finais de Roland Garros na Era Open.
“Estava preparada para o encontro. Sabia que ia ser muito duro. Não é fácil estar com um set abaixo contra a Jabeur, que estava a jogar bem. Por isso, quando acabou, olhei para a minha equipa e disse: ‘conseguimos’”, avançou a tenista de 27 anos.
A outra jogadora brasileira a atingir as meias-finais de um torneio do Grand Slam, na Era Open, foi Maria Bueno, vencedora de sete majors, no Open dos Estados Unidos em 1968.
“Penso que esta foi uma das minhas maiores e mais especiais vitórias, também porque a Jabeur é uma jogadora que respeito muito. É muito difícil chegar e fazer por vencer, porque uma coisa é ganhar um set, outra é estar 5-3 e servir e outra é vencer o encontro. Estou muito orgulhosa e acho que a minha cara mostra isso. Penso que o trabalho duro, às vezes, resulta”, comentou Haddad Maia.
Na penúltima eliminatória do major francês, a brasileira vai defrontar a número um do mundo, a polaca Iga Swiatek, que hoje voltou a confirmar, à semelhança do sucedido há um ano na final, a superioridade diante da norte-americana Coco Gauff, derrotada em dois parciais, por 6-4 e 6-2.
“Estou muito contente por estar nas meias-finais outra vez de Roland Garros. É uma grande conquista, independentemente de como o torneio acabar. Fico feliz por mostrar consistência e jogar bem aqui todos os anos”, afirmou a bicampeã do torneio parisiense (2020 e 2022), após bater a jovem, de 19 anos, pela sétima vez na carreira.
Depois de alcançar a 12.ª vitória consecutiva na catedral da terra batida, Iga Swiatek, de 22 anos, regista 26 triunfos contra dois desaires em Paris, onde vai agora medir forças com Haddad Maia, vencedora do último encontro entre ambas, no último verão, nos courts de piso rápido de Toronto.
Na competição masculina, o alemão Alexander Zverev foi o primeiro jogador a assegurar a qualificação para as meias-finais, graças à vitória muito suada sobre o argentino Tomas Martin Etcheverry, 49.º colocado no ranking ATP, em quatro partidas, pelos parciais de 6-4, 3-6, 6-3 e 6-4.
“As condições durante o dia estavam bem melhores para mim. A bola andava mais rápido e ressaltava muito mais alto. Adoro jogar em terra batida e as condições durante o dia são melhores. Estou nas meias-finais de Roland Garros e muto feliz”, destacou o germânico.
Após ter contraído há um ano uma lesão grave no tornozelo direito, durante o duelo de acesso à final com o espanhol Rafael Nadal, que viria a erguer a Taça dos Mosqueteiros pela 14.ª vez, Zverev (27.º ATP) está de volta à capital francesa para tentar conquistar o primeiro major da carreira.
Na próxima ronda, Alexander Zverev, há um ano número dois na hierarquia ATP, antes de ser submetido a uma cirurgia, devido à lesão contraída no court Philippe-Chatrier, vai defrontar o norueguês Casper Ruud, carrasco do dinamarquês Holger Rune (sexto ATP), por 6-1, 6-2, 3-6 e 6-3.
Depois de dominar completamente os dois primeiros sets, o vice-campeão em título ainda encontrou algumas dificuldades impostas pelo jovem adversário, de 20 anos, mas conseguiu, ainda assim encerrar o duelo ao fim de duas horas e 44 minutos, carimbando assim o regresso à penúltima fase de um major pela segunda vez, depois de ter disputado igualmente a final do Open dos Estados Unidos em 2022.
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