João Sousa e Gastão Elias reeditaram hoje a dupla que fez os portugueses sonhar há um ano, com uma vitória na primeira ronda do quadro de pares do Estoril Open em ténis.
O duo luso eliminou a dupla constituída pelo polaco Mateusz Kowalczyk e pelo eslovaco Igor Zelenay, por 7-6 (7-5) e 7-6 (9-7), diante de uma plateia ao rubro, em uma hora e 29 minutos.
Autores de uma caminhada triunfal na última edição do Portugal Open, os amigos João Sousa e Gastão Elias surgiram no ‘court’ 2 do Clube de Ténis do Estoril vestidos de rosa, com as camisolas e os calções (pretos) a combinar, e com aquele entrosamento que, há um ano, os levava a sonhar com uma presença como par nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Apesar dos potentes serviços dos adversários, a dupla portuguesa soube manter a cabeça fria nos momentos cruciais, para levar de vencida o primeiro ‘set’, conquistado no ‘tie-break’.
“Tivemos a felicidade de no primeiro ‘set’ as coisas caírem para o nosso lado. Estivemos muito concentrados e conseguimos jogar a um bom nível”, analisou Sousa.
No segundo parcial, a adrenalina subiu, com Sousa e Elias a serem quebrados num momento perigoso (a dupla eslovaco-polaca passou a liderar por 5-3), mas responderem de imediato, revelando um grande entendimento.
Empatado de novo o encontro, tudo ficou de novo para decidir no ‘tie-break’. Com o público ao rubro – sem, contudo, recordar aquelas tardes felizes que os dois viveram no ano passado no velho ‘centralito’ do Jamor, completamente a rebentar pelas costuras -, os homens da casa festejaram o triunfo com um difícil 9-7.
“No segundo, estivemos um ‘break’ abaixo e soubemos reagir bem. Conseguimos pôr muito boa intensidade e acabámos por vencer. Qualquer vitória da confiança e obviamente depois do desaire de ontem [terça-feira], é sempre bom voltar às vitórias”, reconheceu o número um português.
Já Elias, sempre muito mais expressivo e brincalhão, defendeu que o encontro de hoje foi “um bom regresso” à dupla que o Portugal Open eternizou, enquanto dava uma palmada no ombro do amigo.
“Era um jogo muito complicado, os dois eram bem altos, como puderam ver, e serviam os dois muito bem. Isso às vezes para os pares é suficiente: ser alto e servir bem. Cobriam bem os espaços, nós a responder tínhamos pouco espaço e isso complicou-nos muito nas respostas. Acho que estivemos bem nos serviços, tivemos uma boa percentagem de primeiros serviços, o que nos deu alguma tranquilidade, porque a maior parte de jogos de serviço ganhámos sem grande esforço e preocupações”, analisou.
Na próxima ronda, os dois vão encontrar o ‘gigante’ bielorrusso Max Mirnyi, um velho especialista de pares, e o polaco Mariusz Fyrstenberg, os terceiros cabeças de série do quadro de pares.
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