O selecionador Michael Kohlmann considerou hoje que, apesar da ausência dos seus três principais tenistas, a Alemanha tem boas hipóteses de derrotar Portugal no ‘play-off’ do Grupo Mundial da Taça Davis.

“Estou muito confiante. Esta é a minha equipa, desde que os nomeei senti-me muito otimista. Claro que o favoritismo na eliminatória mudou, mas temos boas hipóteses. Sentir-nos-emos muito felizes se tivermos três pontos no sábado à noite”, assumiu o ‘capitão’ germânico, referindo-se ao ‘play-off’ do Grupo Mundial, que decorre entre sexta-feira e domingo, no ‘Centralito’, no complexo de ténis do Jamor (Oeiras).

Michael Kohlmann revelou que começou a antecipar a hipotética ausência de Alexander Zverev (4.º), Mischa Zverev (27.º) e Philipp Kohlschreiber (34.º) durante Wimbledon, pelo que não foi apanhado desprevenido quando os três melhores tenistas nacionais optaram por não participar na eliminatória com Portugal.

“Desde Wimbledon que falámos muito, a decisão final foi feita durante o US Open. Desde Wimbledon, analisei escolhas para substitui-los, caso não viessem. Penso que estamos bem preparados e estamos numa posição boa para manter-nos no Grupo Mundial”, completou.

Promovido à condição de número um alemão perante a escusa dos seus três compatriotas mais cotados, Jan-Lennard Struff garantiu que a seleção visitante está a sentir-se muito bem no Estádio Nacional e elogiou o ‘Centralito’, um ‘court’ que taxou de espetacular.

“Estamos ansiosos pela eliminatória”, disse, antes de referir-se a João Sousa, o número um português, com quem jogou pares no último ‘Grand Slam’ da temporada: “O João é um tipo porreiro. Divertimo-nos muito no US Open. É um guerreiro, sabemos que vai dar tudo pelo seu país. É um grande jogador”.

Já Yannick Hanfmann, o número três dos visitantes, recordou a vitória sobre Sousa este verão, nos quartos de final do torneio de Gstaad.

“É uma grande honra para mim ter sido nomeado. Foi algo inesperado, mas fiquei muito feliz. Ganhei ao João, mas em circunstâncias diferentes, com altitude. Agora estamos ao nível do mar. Ainda assim, espero poder dar o meu contributo à equipa”, resumiu.

Por sua vez, Cedrik-Marcel Stebe destacou a presença no ‘play-off’ do diretor técnico nacional da seleção masculina da Taça Davis, Boris Becker.

“Para nós, é uma boa presença. Tem muita experiência, dá-nos muita confiança. Ter alguém como ele no banco, vai-nos fazer jogar um bocadinho melhor. É uma grande oportunidade ter um tipo como ele connosco, ele pode dar-nos alguns conselhos”, defendeu o segundo mais cotado dos tenistas alemães.

O ‘play-off’ do Grupo Mundial da Taça Davis decorre entre sexta-feira e domingo, no ‘Centralito’, o mais emblemático dos ‘courts’ de terra batida do complexo de ténis do Jamor.

A formação da Alemanha, que é orientada por Michael Kohlmann, é integrada por Jan-Lennard Struff (54.º), Cedrik-Marcel Stebe (90.º), Yannick Hanfmann (136.º) e Tim Puetz (380.º).

A seleção portuguesa, capitaneada por Nuno Marques, é composta por João Sousa (57.º), Pedro Sousa (107.º), Gastão Elias (148.º) e João Domingues (184.º).

Portugal vai defrontar a congénere germânica pela segunda vez, depois da derrota por 5-0 sofrida na edição de 1927, num confronto também realizado em território nacional, mas antes da reformulação da prova, em 1970.

Esta é a segunda vez que a seleção nacional disputa o ‘play-off’ de acesso ao Grupo Mundial, depois de uma tentativa falhada em 1994, que terminou com derrota perante a Croácia (4-0), no Lawn Tennis Clube da Foz, no Porto.