A seleção portuguesa de ténis encerrou o primeiro dia da Taça Davis em desvantagem frente à República Checa, mas o capitão Rui Machado lembrou que “Portugal já deu a volta a uma eliminatória a perder 2-0 em casa”.
“Não é o melhor cenário de todo. Já levantámos uma eliminatória a perder 2-0 em casa e amanhã [domingo] vamos tentar fazer o mesmo. Hoje, foi uma pena não termos saído pelo menos com o 1-1, mas o ténis é mesmo assim. Demos o nosso melhor”, frisou o capitão nacional, referindo-se à vitória ante a Argélia em 2005, antes de defender ser necessário também “saber ser humildes e dar mérito aos adversários.”
João Sousa, que perdeu para Tomas Machac, por 7-6 (8-6), 3-6 e 6-2, reconheceu ter “perdido mal o primeiro ‘set’”, mas acredita ter sido superior ao adversário em todo o momento, apesar de as “coisas terem caído para o lado dele.”
“No segundo ‘set’, consegui gerir emocionalmente, andámos ali aos trambolhões no serviço, mas acabei a jogar muito bem. No terceiro ‘set’, em que ele elevou um bocadinho o nível, e, depois de um jogo muito disputado [terceiro], para aí uns 20 minutos, tive muitas oportunidades, uma delas próxima da rede, para ficar por cima. Ele fez o ‘break’ e soltou-se um pouco. Depois, fica mais fácil quando estamos por cima. Tentei, apesar da frustração, dar o meu melhor, mas não consegui vencer”, comentou o minhoto.
Apesar da missão complicada da equipa nacional, obrigada a vencer os três encontros de domingo para eliminar a República Checa e garantir o apuramento inédito para as Finais da Taça Davis, João Sousa defende ser importante “comer bem, descansar bem”, porque “nada está perdido.”
“Não é bom estar 0-2, mas já se viu muita coisa na Taça Davis. O ambiente foi muito bom, apesar das duas derrotas, e é isso que queremos. Mais um dia com casa cheia, pessoas a apoiar e a vibrar connosco. Pode ser que ganhemos, por que não? São três encontros, um par, dois singulares, tudo pode acontecer”, frisou o mais experiente jogador da seleção portuguesa.
Já Nuno Borges reconheceu que Jiri Lehecka, número um checo e 39 do mundo, “esteve melhor do início ao fim e mereceu ganhar” o primeiro desafio de singulares, decidido em dois parciais, por duplo 6-4, em uma hora e 38 minutos.
“Houve momentos em que podia ter feito um bocadinho melhor, mas ele causou-me dificuldades. Não foi um jogo horrível, mas numa oportunidade destas queria ter podido dar mais e apresentar um nível superior à média que tenho apresentado. Dei tudo, precisava de meter mais umas bolas dentro. Amanhã [domingo], há mais”, avançou.
Apesar de ter cedido o primeiro ponto da eliminatória, o jovem maiato, de 25 anos, 105.º colocado no ‘ranking’ ATP, mostrou-se bastante motivado para tentar vencer no domingo, caso o capitão mantenha o plano de o colocar em jogo no segundo encontro de singulares.
“É uma oportunidade incrível, se for a jogo, de me redimir e, com um ambiente destes, é só mesmo olhar em frente e fazer o que temos a fazer, que é dar tudo e tentar ir buscar um resultado diferente. Vou tentar ir buscar ainda mais força para apresentar um nível melhor e simplesmente a não aceitar este resultado. Portugal merece melhor e conseguimos melhor. Vamos à procura da recuperação”, prometeu Borges.
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