A seleção portuguesa de ténis perdeu hoje a eliminatória contra a República Checa (3-1), no Complexo Municipal de Ténis da Maia, e ficou a um passo de se qualificar, pela primeira vez, para as finais da Taça Davis.
João Sousa, número um português e 84 do mundo, tinha uma tarefa muito complicada pela frente, ao estar obrigado a bater Jiri Lehecka, 39.º mundial, para igualar a eliminatória e adiar a decisão da qualificação para o derradeiro duelo. Não foi feliz e o jovem adversário, de 21 anos, selou o triunfo em dois ‘sets’, por 6-4 e 6-1, ao fim de uma hora e 25 minutos.
O vimaranense, de 33 anos, até foi o primeiro a conseguir o ‘break’, no quinto jogo, mas não confirmou e Jiri Lehecka, que recentemente atingiu os quartos de final do Open da Austrália, não desperdiçou a oportunidade de assumir o comando do embate ao segundo ‘set point’, que dispôs no 10.º jogo.
Por cima no encontro, e a apenas uma partida de oferecer a vitória à República Checa, país que Portugal nunca conseguiu derrotar nos dois confrontos anteriores, em 1955 e 1971, o tenista checo fez-se valer da sua boa forma física, confiança e estatuto de top 40 mundial, dono de uma direita demolidora e um serviço potente, para impor duas quebras de serviço ao anfitrião e fechar o embate.
Depois da derrota nos dois singulares de sábado, da vitória de hoje nos pares e do desaire no decisivo encontro, a seleção nacional falhou, pela quarta vez na história, o acesso às finais da Taça Davis, depois das derrotas em 1994 (Croácia), 2017 (Alemanha) e 2019 (Cazaquistão), permanencendo assim no Grupo I.
Já a formação da República Checa, constituída por Lehecka, Tomas Machac (122.º ATP), Vit Kopriva (160.º), Jakub Mensik (396.º) e Adam Pavlasek (78.º no ‘ranking’ de pares), vai integrar o lote das 16 equipas da fase final da emblemática competição, que conquistou em três ocasiões, em 1980, 2012 e 2013.
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