O capitão da seleção portuguesa de ténis, Rui Machado, anteviu uma “eliminatória bastante difícil” com a Polónia, em 04 e 05 de março, no Complexo Municipal da Maia, referente ao ‘play-off’ do Grupo Mundial 1 da Taça Davis.
“Estamos à espera de uma eliminatória bastante difícil, contra uma equipa que tem tido muito bons resultados como seleção. É certo que não trazem o número um deles [Hubert Hurkacz, número 10 mundial], mas vêm com uma equipa muito competitiva, com um nível parecido à nossa. Mas estou confiante no nível dos nossos jogadores e no momento de forma em que estão. Estou confiante que o fator casa, as nossas condições, o nosso público, a nossa comida, a nossa gente possa fazer a diferença”, começou por afirmar Machado.
João Sousa (87.º ATP), Nuno Borges (165.º), Gastão Elias (199.º), Francisco Cabral (917.º) e Pedro Sousa (251.º) estão a treinar desde segunda-feira na Maia, onde Portugal vai voltar a defrontar a Polónia, depois do último confronto em Poznan, em 1974, com a vitória a ficar em casa, e o treinador diz que as sessões de trabalho “têm corrido muito bem e a equipa está em forma.”
“Estes primeiros dias têm sido para nos adaptarmos às condições, apesar de serem condições que muitos deles conhecem bem. Tivemos oportunidade de jogar aqui há muito pouco tempo, com as mesmas condições, as mesmas bolas. Uma oportunidade para voltar a estarmos juntos, a treinar juntos, afinar os últimos pormenores técnicos e prepararmos mentalmente para o embate”, acrescentou o também antigo jogador da equipa portuguesa da Taça Davis.
Apesar de antever uma eliminatória equilibrada e difícil, Machado espera que a “garra da equipa” nacional, “o campo de terra batida e o apoio do público” possam ser fatores determinantes para a sua equipa alcançar o primeiro triunfo ante os polacos, representados por Kamil Majchrzak (75.º), Kacper Zuk (190.º), Daniel Michalski (354.º), Jan Zielinski (926.º) e Szymon Walkow (1205.º), capitaneados por Mariusz Fyrstenberg.
“São esses os fatores que gostava de destacar. São os que jogam a nosso favor. Mas tenho muitos anos de ténis a este nível e tudo pode acontecer. Mas quero acreditar que esses vão ser os que vão marcar a diferença”, sublinhou.
Assim como Rui Machado, João Sousa, o número um português, não tem dúvidas em relação à qualidade da equipa adversária, constituída por “jogadores que têm vindo a fazer uma boa temporada.”
“A Polónia vem cá para vencer, tem uma equipa muito completa e já demonstraram que são uma boa equipa. Têm um par forte e jogadores que são muito fortes em todas as superfícies. Independentemente de não estar o número um deles, vai ser difícil de bater”, defendeu o vimaranense.
Depois de dois anos difíceis, sem conseguir apresentar resultados, na sequência de uma fratura de esforço no pé esquerdo e de uma tendinite no braço direito, João Sousa, de 32 anos, venceu o quarto título ATP da carreira em fevereiro, em Pune, e garante estar totalmente recuperado e motivado para o confronto com a Polónia.
“À semelhança dos meus parceiros, infelizmente as lesões fazem parte da carreira de um jogador. Temos de saber lidar com isso. A lesão do pé já está ultrapassada, felizmente. Dei a volta por cima, já fiz alguns bons resultados, sinto-me bem e tenho tentado adaptar-me da melhor maneira às condições. Sinto-me preparado para ajudar Portugal seja qual for a decisão do capitão para tentar vencer a eliminatória”, assegurou o minhoto, frisando manter “a mesma ambição de sempre” na Taça Davis.
“Tento sempre ajudar Portugal a vencer, que é aquilo que nós queremos. Já lá vão alguns anos que não jogávamos em casa e é sempre especial jogar em casa”, referiu.
Portugal e a Polónia jogam a 4 e 5 de março, no Complexo Municipal da Maia, pela manutenção no Grupo Mundial 1 da Taça Davis.
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