O suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic, antigos números um mundiais, seguiram hoje em frente no Open da Austrália em ténis, num dia marcado pelo calor extremo.

Num dia em que se registaram temperaturas a rondar os 40 graus Celsius, Djokovic, 14.º cabeça de série, teve de dar a volta ao encontro com o francês Gael Monfils, para vencer por 4-6, 6-3, 6-1 e 6-3, em duas horas e 45 minutos.

Djokovic chegou a queixar-se de condições “desumanas” durante o encontro, mas a organização decidiu manter o teto da Rod Laver Arena aberto.

“Hoje sofremos os dois. Estavam condições muito duras, em especial nas primeiras duas horas e meia. Eu sabia que ia ser um desafio. Gael é um dos melhores atletas, se não o melhor, do circuito. Ele responde a muitas bolas, serve forte. O quarto ‘set’ podia ter caído para qualquer um dos lados”, afirmou.

Djokovic, que no último ano ‘caiu’ na segunda ronda em 2017, vai agora defrontar o espanhol Albert Ramos, 21.º cabeça de série.

Mais tarde e com menos calor, Roger Federer, número dois mundial, afastou o alemão Jan-Lennard Struff, 53.º da hierarquia, por 6-4, 6-4 e 7-6 (7-4), em uma hora e 55 minutos.

“Eu já esperava [dificuldades perante Struff, porque eu treinei com ele. Eu sei que ele consegue servir a 215/220 km/hora e aproveita as oportunidades”, assumiu o detentor do troféu, que disse que não se importa de jogar de dia, esperando “sobreviver” ao calor.

Na terceira ronda, Federer vai encontrar o francês Richard Gasquet, 29.º cabeça de série.

O alemão Alexander Zverev, quarto cabeça de série, e o austríaco Dominic Thiem, quinto, também seguiram em frente, ao eliminarem o alemão Peter Gojowczyk e o norte-americano Denis Kudla, respetivamente.

A grande surpresa do dia no quadro masculino foi protagonizada pelo veterano francês Julien Benneteau, que afastou o belga David Goffin, sétimo pré-designado, por 1-6, 7-6 (7-5), 6-1 e 7-6 (7-4).

O suíço Stan Wawrinka, campeão em 2014 e oitavo cabeça de série, também foi eliminado, ao perder com o norte-americano Tennys Sandgren, por 6-2, 6-1 e 6-4, em uma hora e 29 minutos.

“Foi difícil e nunca é bom sentirmo-nos assim em campo, mas temos de continuar tranquilos. (...) Eu vim aqui a pensar que nem conseguia terminar o primeiro encontro”, admitiu Wawrinka, que esteve cerca de seis meses afastado da competição, devido a problemas físicos.

No quadro feminino, a líder do ‘ranking’ mundial, a romena Simona Halep, passou com ‘distinção’, ao vencer a canadiana Eugenie Bouchard, por 6-2 e 6-2.

Sorte diferente teve a espanhola Garbiñe Muguruza, terceira cabeça de série e detentora do título em Wimbledon, que foi afastada por Su-Wei Hsieh, de Taiwan, por 7-6 (7-1) e 6-4.

Também a britânica Johanna Konta, nona pré-designada, foi eliminada, ao perder com a norte-americana Bernarda Pera, por 6-4 e 7-5.

A checa Karolína Plísková (sexta cabeça de série) e a francesa Caroline Garcia (oitava) seguiram em frente, com triunfos sobre a brasileira Beatriz Haddad Maia e sobre a checa Marketa Vondrousova, por 6-7 (3-7), 6-2 e 8-6, respetivamente.

O regresso de Maria Sharapova a Melbourne, após um período de suspensão por doping, continua a ser positivo, com a russa a eliminar a letã Anastasija Sevastova (14ª cabeça de série), por 6-1 e 7-6 (7-4).