Pedro Sousa rejeitou hoje qualquer pressão extra por ser o único tenista português nos quartos de final do Lisboa Belém Open, considerando que até estará menos pressionado, uma vez que já não será o pior dos representantes nacionais.

“Fico um bocado triste, porque gostava que continuassem mais portugueses. Passámos muitos à segunda ronda, infelizmente para os ‘quartos’ só passei eu. Não me traz mais pressão, pelo contrário. Assim pelo menos não sou o pior”, brincou o número três português.

O tenista da casa, que cedeu o primeiro ‘set’ diante de Federico Coria, por 2-6, e esteve a um ponto de ficar a perder por 0-4 no segundo, conseguiu a reviravolta no marcador, impondo-se ao argentino por 2-6, 7-6 (7-5) e 6-0, em uma hora e 52 minutos.

“É uma boa pergunta, se soubesse fazia mais vezes”, disse, referindo-se à recuperação impossível que protagonizou.

Pedro Sousa reconheceu que “as coisas não estavam a sair” e tentou apenas continuar a meter a bola dentro. “Nem isso estava fácil hoje. Não me estava a sair nada, estava bastante calor e vento. Estava mais difícil de controlar a bola. Ele baixou o nível, eu comecei a meter mais bolas dentro e acabei por dar a volta”, resumiu o 154.º tenista mundial.

O lisboeta, que está a jogar em casa no Club Internacional de Foot-Ball, reconheceu que, às vezes, é importante ganhar a jogar mal.

“Ontem [na quarta-feira] joguei bem, ganhei rápido e isso não me valeu de nada. O mais importante e o que interessa é ganhar, por isso estou tão satisfeito hoje como ontem”, sublinhou.

Sobre o seu adversário dos quartos de final, o italiano Gianluigi Quinzi, Sousa recordou que os dois se defrontaram há uns anos em Porto Alegre, com a vitória a pender para o seu lado.

“De certeza que vai ser um encontro difícil. Já se esperava que ele estivesse neste ‘ranking’ [é 263.º] há mais tempo. Vai ser um encontro difícil, mas espero conseguir a vitória”, concluiu.